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Análise. Que diferencia os planos de FH e de Lula, chamado de ‘aceleração do crescimento’

Fernando Henrique Cardoso também apresentou o seu PAC. Só que o nome era “Avança Brasil”. O de Lula, lembremos, é de “Aceleração do Crescimento”. Não são poucos os críticos lulistas, especialmente os mais ligados a FH, mas não apenas, que consideram o segundo uma cópia do primeiro – que deu errado, aliás.

 

Mas, que diabo, os planos são mesmo semelhantes, parecidos ou quem sabe iguais? E, se não são, quais as diferenças e em que podem, elas, beneficiar ou atrapalhar a proposta apresentada no início desta semana ao distinto público brasileiro?

 

Quem responde as questões, concordemos ou não, é a repórter de economia Luciana Otoni, cujo texto reproduzo a seguir e que foi publicado na página na internet, do veterano jornalista Etevaldo Dias. A seguir:

 

“A diferença entre o PAC de Lula e o Avança Brasil de FHC

Tem sido comum a comparação entre o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) de Lula e o Avança Brasil do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Este blog chama a atenção para dois fatos relevantes que podem fazer toda a diferença entre os dois planos: a alta liquidez dos mercados e a maior resistência do Brasil no enfrentamento a eventuais choques externos.

Enquanto o ex-presidente FHC enfrentou crises internacionais que limitaram a expansão mundial e, por conseqüência, o dinamismo dos negócios no Brasil, o presidente Lula tem sido beneficiado por um contexto internacional favorável. O mundo está líquido, o comércio externo segue dinâmico, positivamente influenciado pela robustez dos países asiáticos. Esse contexto tem sido responsável pela maior geração de riqueza mundial dos últimos 30 anos.

A conjuntura externa atual está em fase de ajuste devido a desequilíbrios na economia americana. Na avaliação da maioria dos analistas internacionais, esse ajuste deve reduzir a velocidade de expansão mundial, mas não provocará uma brusca desaceleração do ritmo de crescimento.

No Brasil, um dos reflexos do contexto externo se dá no balanço de pagamentos, que é a contabilidade do fluxo de entrada e saída de dólares. Dentro do balanço de pagamentos é o saldo da conta transações correntes que indica se o país teve ou não condições de financiar os compromissos públicos e privados em moeda estrangeira.


Pois bem, enquanto na segunda metade do governo FHC (1998-2002) o déficit acumulado na conta transações correntes atingiu US$ 80,4 bilhões, no primeiro mandato de Lula a conta registrou saldo positivo em todos os anos, um fato inédito, acumulando US$ 43,1
bilhões de superávit.

Esse bom desempenho é em grande parte explicado pelo bom momento do comércio mundial e pelo aumento das exportações brasileiras. O resultado positivo e expressivo do balanço de pagamento aumenta a resistência do Brasil a choques internacionais e torna o país mais atraente aos olhos dos investidores estrangeiros.

A partir deste ano, o saldo em transações correntes deve diminuir em conseqüência de menores saldos comerciais com exterior, que tendem a encolher gradativamente em função das maiores importações.
Ainda assim,…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra do texto, pode fazê-lo acessando o blog do jornalista Etevaldo Dias na internet, no endereço http://blogdoet.blig.ig.com.br/.

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