Sanguessugas. Maior escândalo da história do Congresso envolve pelo menos 70 parlamentares
Começou há poucos minutos a reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura fraude na venda de ambulâncias, a partir de emendas ao orçamento da União.
O relator da CPI, o senador Amir Lando, do PMDB, está lendo o relatório parcial que ele redigiu mas que, segundo declarações do presidente, o deputado carioca Antonio Carlos Biscaia, do PT, será assumido integralmente pela Comissão.
É, como conta o jornalista Ricardo Noblat, em sua página na internet, o maior escândalo que se tem notícia em termos de parlamento brasileiro. O número de envolvidos, a ser anunciado pelo relatório de Lando, deverá variar entre 70 e 73, dos quais pelo menos três senadores e o restante deputados. Esse número significa mais de 13% dos integrantes do Congresso. Convenhamos, uma barbaridade.
No caso do Rio Grande do Sul, até aqui imune às falcatruas investigadas em Brasília há pelo menos um ano, imagina-se que pelo menos dois deputados sejam incluídos na lista a ser enviada ao Conselho de Ética da Câmara: o petebista Edir Oliveira e o liberal Paulo Gouveia. Havia um terceiro nome, Érico Ribeiro, do PP. Informações das últimas horas, porém, indicam que não foram encontradas provas contra o parlamentar, que deverá ficar de fora do documento que é lido neste momento.
Aliás, o número cabalístico, 73, é o anunciado pelo vice-presidente da CPI, o pernambucano Raul Jungmann, do PPS, conforme notícia divulgada pouco antes das 11, pelo portal Terra. Confira:
CPI pedirá a cassação de 73 acusados, diz Jungmann
O deputado Raul Jungmann (PPS-PE), vice-presidente da CPI das Sanguessugas, disse hoje que a comissão vai pedir a abertura de processo de cassação de 73 dos 91 parlamentares investigados. O relatório parcial será apresentado nesta manhã pelo senador Amir Lando (PMDB-RO) e pode ser votado ainda hoje, caso não haja pedido de vistas. O documento, com 1,6 mil páginas, já foi levado para uma sala reservada da CPI.
Segundo Biscaia, os integrantes da comissão fizeram o compromisso de assumir o relatório de Amir Lando. “A decisão do relator é nossa decisão. É uma decisão colegiada”, disse, de acordo com a Agência Câmara.
O propósito da comissão, segundo ele, é “não deixar escapar nenhum sanguessuga, melhorar o conceito do Congresso e evitar que algum deles se reeleja, trazendo novos problemas no futuro”.
Para Jungmann, os integrantes da CPMI têm a responsabilidade histórica de fazer uma grande faxina no Congresso, iniciando o resgate da credibilidade do Parlamento. O deputado disse também esperar que o eleitorado casse nas urnas os parlamentares envolvidos.
Jungmann fez um apelo aos presidentes da Câmara e do Senado, Aldo Rebelo e Renan Calheiros, para que acabem com o…
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do portal Terra na internet, no endereço http://noticias.terra.com.br/brasil/.
SE DESEJAR ler a análise de Ricardo Noblat, pode fazê-lo acessando a página do jornalista na internet, no endereço http://www.noblat.com.br.
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