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Sem “troco”, candidatos terão que ser criativos

A aprovação das regras para a campanha eleitoral deste ano vai impor algumas dificuldades a candidatos e partidos mal-acostumados. Terão que ser, enfim, criativos para driblar as dificuldades. De um lado, há a falta de dinheiro – que todas as agremiações e pretendentes a um cargo de deputado, senador ou governador. De outro, a impossibilidade de se utilizar de recursos que, até aqui, eram corriqueiros – os brindes, na forma de bonés, chaveiros ou camisetas, por exemplos.

A propósito dessa dificuldade, o jornalista Thiago Buzatto assina reportagem publicada na edição deste final de semana do jornal A Razão. Confira:

”Criatividade, corpo-a-corpo e limpeza
Novas regras prometem mudar comportamento dos candidatos no pleito de 1º de outubro

Sem poder mais distribuir brindes, como camisetas, bonés, chaveiros, lixas de unhas, ou estampar seus nomes em outdoors e placas nas vias públicas ou promover showmícios, os candidatos aos cargos de deputado estadual e federal, senador, governador e presidente terão que se adaptar às mudanças exigidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para alcançar os eleitores. O jornal A Razão entrevistou algumas pessoas que acompanham eleições pelo “lado de dentro” dos partidos e profissionais envolvidos com as campanhas para tentar saber como os candidatos conseguirão divulgar seu nome.

Cuidados especiais – O coordenador regional do PMDB, Maicon Di Giacomo, a sigla está preocupada com possíveis problemas com as medidas do TSE. O partido deve disponibilizar, inclusive, assessoria jurídica para os candidatos especialmente para que as campanhas aconteçam sem violações às novas regras eleitorais.

“Nossa convenção (gaúcha) foi marcada para o dia 24 de junho, e a nacional para o dia 29. Até lá, estamos fazendo levantamento das candidaturas para a região, realizando reuniões e distribuindo cartilhas com o que não se pode mais fazer. Também estamos colocando à disposição dos candidatos assistência jurídica”, adianta o coordenador peemedebista. Di Giacomo também revela como o PMDB apoiará financeiramente seus candidatos. “Trabalhamos com duas formas de recursos: o primeiro é o recurso próprio do candidato, que deverá estudar sua representação nas comunidades, poderá abrir mais comitês. Já o partido ainda não definiu de que forma poderá ajudar seus candidatos, que pode ser confeccionando mais santinhos. O partido também está tentando investir mais forte na militância, para que eles se incluam com mais força de trabalho na campanha”, completa.

Corpo-a-corpo e interiorização – Já o PP, de acordo com seu presidente municipal, Marcelo Dalla Corte, deve apostar em sua força no interior do Estado. “Participei de reuniões em Porto Alegre e definimos um plano de municipalização, já que nosso partido tem mais força no interior. Como o PP sempre teve menos recursos que os outros, as medidas do TSE só beneficia”, aposta. Dalla Corte também acredita que o corpo-a-corpo entre candidato e eleitor vai fazer a diferença. “Agora as campanhas vão ser como antigamente. O candidato vai ter que gastar muita sola de sapato e distribuir muitos santinhos. Não adianta mais mandar presentes, vai ter que visitar”, ressalta. “Os gastos com outdoor e camisetas agora serão gastos com combustível, porque o candidato vai ter que rodar”.

Elogios e crítica – Convocado para coordenar a campanha do presidente Lula no Rio Grande do Sul, o prefeito Valdeci Oliveira (PT) aponta o que acredita serem os prós e contras das medidas do TSE. “As regras aprovadas pelo TSE em geral tornarão as eleições deste ano mais transparentes, o que é extremamente significativo e necessário. Uma medida importante aprovada foi a proibição da colagem de cartazes e propagandas nas vias públicas, o que mantém a limpeza das cidades. Apesar de avaliar como positivas as mudanças, acredito que faltou haver um limite para a divulgação de pesquisas, que ao meu ver não deveriam ser publicadas no período de 15 dias antes das eleições. Também acho que deveria ter sido adotado um teto para os gastos nas campanhas, o que daria maior igualdade econômica de condições aos candidatos”.

Limpeza – Acostumado a participar de campanhas, o cineasta Sérgio de Assis Brasil, não acredita em mudanças na produção de áudio-visual, mas que a cidade acabará tendo um aspecto melhor do que em pleitos passados. “Acho isso excepcional. Vai limpar a cidade. Embora trabalhe com mídia eletrônica, como cidadão acho ótimo. Em termos de TV essa decisão não muda nada, porque em TV sempre tem uma saída.”, afirma Assis Brasil. “Acho essas medidas ótimas porque vai acabar com…”


SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas nas primeiras horas deste sábado.

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