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ESTADO. Governo e magistério papeiam, mas sem acordo. Secretaria prometeu não reprimir estudantes

Reunião aconteceu na manhã de hoje, na Secretaria de Educação. São escassas as chances de uma negociação exitosa, ao que tudo indica
Reunião aconteceu na manhã de hoje, na Secretaria de Educação. São escassas as chances de uma negociação exitosa, ao que tudo indica

Por DÉBORA FOGLIATTO (texto) e EVANDRO OLIVEIRA (foto Seduc/Divulgação), no SUL21

Em reunião com o governo estadual na manhã desta terça-feira (17) na Secretaria de Educação (Seduc), o Centro de Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato) pediu aos secretários que garantissem que não haverá repressão policial aos estudantes que ocupam escolas em diversas cidades. Para a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, essa foi a “questão mais positiva” que se tirou do primeiro encontro entre governo e categoria após o início da greve, anunciada na sexta-feira (13). Sobre as pautas reivindicadas pelos professores, não houve avanços concretos.

Essa preocupação dos professores surgiu com a repressão que ocorreu em escolas ocupadas em São Paulo, mas o secretário-adjunto da Educação, Luís Antônio Alcoba de Freitas, assegurou que o mesmo não acontecerá aqui. “Nos comprometemos com o Cpers no sentido de que o tratamento que o governo vai dar é na área da educação, queremos conversar, ter diálogo, essa é uma questão de educação, não trataremos como caso de polícia”, afirmou ele ao final da reunião.

Durante o encontro, um grupo de estudantes tentou entrar na Seduc e houve confusão com os seguranças, que não permitiram seu ingresso no prédio. Imagens mostram os alunos empurrando a porta de vidro e os seguranças tentando mantê-la fechada. Alguns funcionários queriam chamar a Brigada Militar, mas foram impedidos por colegas. O secretário-adjunto disse que poderia receber os estudantes em um segundo momento. “Se eles quiserem, em uma comissão, os receberemos. Queremos manter diálogo também com estudantes, eu estive pessoalmente nas primeiras ocupações”, relatou.

Outro avanço conseguido na reunião foi um acordo sobre o projeto de lei 44/16, que tramita na Assembleia Legislativa, que consolidaria parcerias com organizações sociais para gerenciar escolas públicas. “O secretário disse que pararia o processo por 90 dias, mas nós reafirmamos que tem que ser retirado da AL, é uma pauta que não custa dinheiro para o governo e poderá ser feita se tiver vontade política”, apontou Helenir. O secretário da Casa Civil, Márcio Biolchi, disse que o governo espera que “haja compreensão” por parte dos professores. “Se não temos recurso para atendermos alguns pontos, estamos nos esforçando para atender outros itens da pauta”, garantiu.

Ele relatou que o recurso de autonomia financeira das escolas, reivindicação tanto da greve quanto das ocupações, está sendo pago e deve ser quitado até a próxima semana. “Na questão da reforma das escolas, já montamos uma força-tarefa ainda no ano passado, que já começou a mostrar resultado. Teve as chuvas e apenas três escolas não ficaram prontas no início do calendário escolar, teve recuperação rápida. Esse recurso é fruto de financiamento internacional, por isso podemos passar para reformas”, explicou.

Para Helenir, mais importante do que falar do que já foi feito, é discutir as escolas que ainda passam por problemas. “Ficamos uma hora e meia ouvindo sobre as reformas que teve nas escolas, teve, mas não queremos falar das escolas que estão bem, e sim das que estão com problema”, disse. Ela afirmou que espera que, para uma próxima reunião, o governo leve propostas para atender às reivindicações e destacou que a falta de respostas apenas fortalece a greve. “Estamos com 50% das escolas do Estado em greve, chegando a 40 escolas ocupadas, inclusive em cidades pequenas. Isso só reafirma que a escola tem que ser respeitada, porque mostra que estamos formando cidadãos que nos enchem de orgulho”, relatou…”

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2 Comentários

  1. Queiram ou não existe lei de greve; “Em nenhuma hipótese, os meios adotados por empregados e empregadores poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.” “As manifestações e atos de persuasão utilizados pelos grevistas não poderão impedir o acesso ao trabalho nem causar ameaça ou dano à propriedade ou pessoa.”
    Tanto em SP quanto no RJ existiam pessoas que não aderiram à greve, também têm direitos.
    São Paulo tem uma situação curiosa, existe um problema aparentemente com a merenda em alguns lugares. Falta alimentação e a qualidade não é lá estas coisas. Ocorreu uma tentativa atabalhoada de remanejamento dos alunos. Só que jogaram no meio uma pauta política, pedido de CPI e outras coisas, a coisa ficou nebulosa.
    E a greve dos alunos aqui? Eles mesmos vão acabar pagando o preço no futuro.

  2. Tem que cortar o ponto e vão voltar com o rabinho no meio das pernas, grave POLITICA, se a Dilma AINDA( passado ) estivesse lá como Presidenta ( ahahahah)não cogitariam esta greve, farinha do mesmo SACO( do LULA), PCdo B, PT, Psol , Pstu e Pdt.

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