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POLÍTICA. Deputado refuta posição da PGE, que não considera ilegal a nomeação de ministros investigados

Da  Assessoria de Imprensa do Parlamentar, com foto de Arquivo

Deputado Paulo Pimenta recorre de decisão da PGR, que não considera obstrução à justiça nomeação de ministros investigados criminalmente
Deputado Paulo Pimenta recorre de decisão da PGR, que não considera obstrução à justiça nomeação de ministros investigados criminalmente

O deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) recorreu da decisão da Procuradoria-Geral da República que não considerou o ato do governo interino Michel Temer de nomeação de ministros investigados criminalmente em primeiro grau – que passaram a contar com foro privilegiado – como obstrução da justiça. Para Pimenta, a PGR não adota os mesmos critérios que manteve em relação ao ex-Presidente Lula, que teve suspensa a nomeação para o cargo de Ministro-chefe da Casa Civil no governo Dilma Rousseff.

No dia 13 de maio, o parlamentar petista havia entrado com pedido de suspensão dos atos de nomeação, por desvio de finalidade, de ministros investigados. Em decisão no dia 24 de maio, a PGR decidiu pelo arquivamento sob o apelo de que se tratavam de “situações díspares” que buscavam “extrair a mesma consequência jurídica”. No despacho, a PGR alegou que no caso do ex-Presidente Lula, “havia uma série de aspectos factuais levados em conta para chegar à conclusão de ter havido desvio de finalidade”.

No pedido de reconsideração, entregue na tarde desta segunda-feira (30), o deputado Pimenta inclui referência aos áudios divulgados pela imprensa em que o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, negocia com parlamentares “reconhecidamente” ligados a Michel Temer alternativas para “barrar” a Operação Lava Jato. Segundo Pimenta, “em tais conversas, os interlocutores tratam, dentre outros assuntos, da preocupação com o andamento da Operação Lava Jato, reclamações e providências a serem tomadas sobre a operação, tudo no intuito de interferir na sua condução, evidenciando o conluio para obstrução da justiça, inclusive por meio da alteração da competência penal para investigados em primeiro grau de jurisdição por meio da nomeação para cargos com a inerente prerrogativa constitucional de foro especial, num eventual afastamento da Presidenta da República, Dilma Rousseff”, aponta o deputado.

O deputado Pimenta acredita que, com os áudios que “escandalizaram o país”, a PGR deve rever seu posicionamento. “O conjunto factual em torno da nomeação de ministros pelo vice-presidente tornou-se robusto no sentido de evidenciar a aparência de desvio de finalidade na prática dos atos administrativos. Os áudios evidenciaram aquilo que, desde o início, vínhamos denunciando, um esquema criminoso montado no Congresso Nacional para afastar uma Presidenta honesta, obstruir a justiça e salvar parlamentares investigados por corrupção, naquilo que o grupo político próximo ao Michel Temer chamou de ‘acordão nacional’”, disparou Pimenta.

 

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2 Comentários

  1. Zureta explicou de maneira que até os petistas consigam entender, disse tudo.
    Texto da assessoria do deputado. Foto “triunfalista” do arquivo do editor.

  2. O nobre Deputado já está demonstrando seus sinais de desespero. Entre os novos ministros e, aí sim, os investigados, a grande maioria já possuía foro privilegiado, em decorrência de já possuir mandato parlamentar. Devia ter recomendado ao seu companheiro impossibilitado de contar até dez nos dedos das mãos que se candidatasse a qualquer coisa para ter tal prerrogativa, aí sim, de direito.

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