
Por RAFAEL BALBUENO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm
Essa quinta-feira, 16, foi definitivamente um dia atípico na UFSM. Seguindo deliberação de assembleia da categoria – que por sua vez atendia à indicação de reunião do setor das federais do Andes-SN – a data foi definida como “Dia de Luta em Defesa da Educação e do Serviço Público”. E na onda de ocupações promovidas pelos secundaristas em todo o país, inclusive aqui, no Rio Grande do Sul, surgiu a ideia: a quinta-feira seria o dia de ocupar a universidade.
E assim nasceu o “Ocupa UFSM”, evento que reuniu diversas atividades durante a manhã e a tarde, e que tinha como objetivo chamar a atenção da comunidade acadêmica para os ataques ao serviço público – como os grandes e aparentemente intermináveis cortes de verbas da educação, por exemplo – mas também ressaltando a necessidade urgente de resistir a tudo que está posto. E como os ataques não se restringem às universidades, diversos foram os setores que se somaram na construção dos atos dessa quinta.
Para além da Sedufsm, participaram também da construção do evento a Secretaria Regional RS do ANDES-SN, a Assufsm, o Sinprosm, docentes da base do Cpers Sindicato, o Sindicaixa, o Fórum de Mulheres de Santa Maria e a CSP-Conlutas. E essa pluralidade ficou evidente nas figuras que compunham o ato: docentes, técnico-administrativos em educação e estudantes, além de professores da rede estadual, em greve no momento, e que foram até o Campus para manifestar seu apoio.
Tendo isso em mente, o “Ocupa” abriu suas atividades ainda no início da manhã dessa quinta. Primeiramente reunidos em panfletagem no arco de entrada da universidade, na Avenida Roraima, próximo às 10h a manifestação saiu em caminhada pelo Campus tendo como destino final a administração central da UFSM. Aos pés do prédio, diversas foram as falas que criticaram os ataques à universidade e a possível leniência de instâncias e setores da administração com esse cenário. Além disso, os manifestantes cobravam a presença do reitor Paulo Burmann para que esse, pessoalmente, ouvisse as reivindicações do movimento e apresentasse suas perspectivas. Do contrário, a entrada no prédio da reitoria ficaria bloqueada. “É impressionante que o Conselho Universitário (Consu) ainda não tenha se manifestado sobre a crise, os cortes, as dívidas”, criticou o conselheiro da Sedufsm, Adriano Figueiró.
Ebserh
Não tardou muito e o reitor Paulo Burmann, acompanhado do vice, Paulo Bayard, desceu ao encontro dos manifestantes. Questionado sobre uma série de eventos envolvendo a UFSM, Burmann mostrou uma visão bastante otimista, citando números animadores a respeito da universidade. Ressaltou que mesmo com o cenário de crise a UFSM cresce, com todas as obras em pleno andamento, o que significa uma série de melhorias para o próximo período, além das condições atuais. Já nesse momento, alguns foram os instantes nos quais Burmann foi interrompido pela plateia que não concordava com uma tão positiva do momento da instituição. “Nós somos parceiros, embora possa parecer que não. Talvez não estejamos empenhados com a veemência que os senhores gostariam, mas somos parceiros”, declarou o reitor…”
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De uma coisa não é possível acusar este povo: originalidade. “Occupy” UFSM é para rir. Deixem eles no mundinho à parte que habitam.