CIDADE. Advogado do suspeito de matar Shelli fala que ele estava “noutro lugar”, na hora do assassinato

Por RAUL PUJOL, com foto de Divulgação, no jornal A Razão (online)

O caso Shelli Uilla Rosa Vidoto, 27 anos, morta com três facadas, duas no braço esquerdo e uma na região do coração, no dia 8 de julho, na Rua Bento Gonçalves, no Bairro Dores, continua repercutindo em Santa Maria e Santiago. Hoje, o advogado Sérgio Lima, junto com o seu filho, Wedner Lima, assumiu a defesa de Bruno Laurindo Borges, 24 anos. Ele foi preso na noite de sexta-feira pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) por ser o principal suspeito do assassinato da santiaguense. Uma adolescente de 16 anos, que teria participado do crime, está aos cuidados do Conselho Tutelar.

“É um crime de enorme repercussão, assumimos o caso hoje pela manhã. Estou convicto de que é possível defender o meu cliente, já que temos provas de que ele não estava no local do crime naquela noite. O Bruno também não conhece a adolescente que prestou depoimento. Vou solicitar uma acareação (o procedimento onde acusados são colocados face a face para esclarecer divergências constantes de suas declarações)”, afirma Lima.

O advogado criminalista também conta que teme pela segurança do seu cliente, que está preso na galeria A do módulo 2, da Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm), no distrito de Santo Antão. Na ala, estão os detentos envolvidos em crimes com estupros, pedofilia e de grande repercussão na sociedade.  “Ele foi foi até ameaçado de morte, a família está bastante preocupada. O meu cliente não foi bem recebido na penitenciária”, conta Lima.

Bruno foi preso no Beco dos “Laurindos”, lugar que leva um de seus sobrenomes, no Bairro Menino Jesus.  De acordo com a Brigada Militar (BM), ele possui antecedentes por porte ilegal de arma de fogo, lesão corporal, furto, roubo e tentativa de homicídio.

O delegado Laurence de Moraes Teixeira, responsável pela investigação, espera concluir o inquérito até o final desta semana.

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