CULTURA. Festival de Vale Vêneto já está no seu final. E o evento e o local recebem uma ode de Atílio Alencar
Por ATÍLIO ALENCAR (texto e fotos), especial para o site
Para olhar a música nas ruas do vale
Imagine um lugarejo situado num vale ensolarado, onde uma vez por ano as pessoas suspendem sua rotina para receber centenas de músicos de todos os lugares do mundo. De repente a igreja não é mais o lugar dos sermões dominicais; na praça, a algazarra das crianças é incorporada a uma sinfonia ampla; nas janelas do antigo colégio, jovens revisam partituras complexas, conferindo uma atmosfera musical a cada esquina.
Durante uma semana inteira do mês de julho, o pequeno Vale Vêneto cabe nessa descrição. O bucólico distrito, situado na divisa entre os municípios de Silveira Martins e São João do Polêsine, é a sede do Festival Internacional de Inverno da UFSM, que em 2016 chega a sua trigésima primeira edição.
Todo mundo deve saber do que se trata o festival. Vem gente de tudo quanto é lugar do mundo para realizar concertos de música erudita nos quatro cantos do Vêneto. O povoado se enche de gente disputando uma vaga para jantar, um selfie junto aos cartões postais locais, uma cadeira na plateia. Para saber os preços e coordenadas da programação, não faltam as informações oficiais.
Mas o choque turístico contra a monotonia habitual do vale colonizado por imigrantes italianos também rende momentos não-protocolares. Nos interstícios do festival, há a preguiça compartilhada na grama da praça. O grupo de ciclistas que descansa após a jornada morro abaixo. O violonista ensimesmado a tanger as cordas do instrumento com movimentos amorosos.
Há muito para se ouvir no Vale Vêneto, nessa época do ano. A música, afinal, está também nas miúdas cenas do cotidiano alterado pelos encontros.
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