Prédio da Kiss: antes tarde do que nunca, mas faltou ação – por Luiz Roese
Apesar de ter sido assinado no dia 6 de setembro, o decreto de despedida do prefeito Cezar Schirmer (agora secretário estadual de Segurança Pública), que declara “de utilidade pública” o imóvel que foi cenário da tragédia da Boate Kiss, só foi tornado público na quarta-feira, dia 13.
Não vou criticar a decisão tardia, com vistas à desapropriação, porque acredito mesmo que ela só poderia ser tornada prática agora, depois que o prédio foi liberado pela Justiça no processo da tragédia para ser devolvido à empresa proprietária (notícia dada em primeira mão AQUI).
O que não posso deixar passar mesmo é a falta de diálogo nesse tempo todo e a ausência de uma sindicância do Município para que fossem apurados fatos, responsabilidades e medidas futuras para evitar novas tragédias.
Assim só pode faltar dinheiro mesmo
Na semana em que o jornal Zero Hora publicou reportagem (AQUI) sobre a dinheirama paga pelo Estado no aluguel de imóveis de delegacias, o Diário Oficial do Estado publicou na quarta-feira (14) a atualização de contratos de aluguel de dois prédios pela Polícia Civil de Santa Maria, para aplicação do índice de variação do IGP-M.
Para quem gosta de saber dessas coisas, foram a Delegacia da Mulher (aluguel atualizado para R$ 8.393,52) e a 2ª DP (aluguel de R$ 4.196,76). E vai ser assim ainda por muito tempo. São nove imóveis alugados em Santa Maria, de um total de 11. Há mais exemplos pelo Estado. Assim só pode faltar dinheiro mesmo para pagar o funcionalismo em dia mesmo.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a foto que ilustra esta nota, do prédio da Kiss, é de Gabriel Haesbaert, do jornal A Razão.
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