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OLHAR DE FORA. Rio Grande do Sul “se enforca para pagar as contas e conter a violência”, diz jornal El País

População gostaria de ver mais PMs nas ruas, mas Estado alega não ter condições e o deficit histórico é de pelo menos 15 mil brigadianos
População gostaria de ver mais PMs nas ruas, mas Estado alega não ter condições e o deficit histórico é de pelo menos 15 mil brigadianos

A situação de calamidade da província de São Pedro, atolado em dívidas, com deficit histórico e uma inusitada situação de absoluta insegurança pública, acabou por chamar a atenção da mídia acima do Rio Mampituba. Aliás, para bem além, como você pode conferir no material publicado pela versão brasileira do jornal espanhol El País. A reportagem é de Marina Rossi, com foto de Marcelo Camargo, do arquivo da Agência Brasil. A seguir:

Rio Grande do Sul se enforca para pagar as contas e conter a violência

…Diga a um gaúcho que está indo para Porto Alegre e nove entre dez recomendarão que você “fique esperto” ao andar nas ruas. A capital gaúcha tem sofrido uma onda de violência nos últimos meses comprovada pelos índices apresentados pela secretaria de Segurança Pública do Estado. No primeiro semestre deste ano, as ocorrências de latrocínio (roubo seguido de morte) subiram 34%. No mês passado, mais um caso entrou para as estatísticas: uma mulher foi vítima de latrocínio, assassinada na frente da filha, enquanto esperava o outro filho sair da escola. Naquele dia, o secretário de Segurança Pública, Wantuir Jacini, pediu demissão.

“De um ano pra cá as coisas pioraram muito”, disse o senhor Geraldino, vendedor de frutas no centro de Porto Alegre. “Você quase não vê polícia na rua, e por isso os ladrões estão fazendo a festa”. A sensação de insegurança e de pouco policiamento nas vias é uma das consequências de um problema fiscal que o Estado arrasta por décadas. Ronald Hillbrecht, professor de economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), explica que a crise na segurança é a ponta de um iceberg muito maior. “O efetivo policial está reduzindo porque o Estado não consegue contratar mais, já que não cabe em seu orçamento”.

O orçamento é apertado porque já faz tempo que a arrecadação é menor do que os gastos. De acordo com a secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, o Estado fechou o ano de 2015 com déficit orçamentário de 4,9 bilhões de reais. O valor é quatro vezes maior do que o verificado em 2014.

É como se o salário de uma família fosse menor do que as despesas da casa. Por anos seguidos. Cerca de 40 anos, segundo especialistas. No ano passado, foram arrecadados 50 bilhões de reais, mas, por outro lado, foram gastos 55 bilhões. O que mais pesou nessa conta são os gastos com pessoal e encargos da folha de pagamento, que passaram de 30,5 bilhões de reais em 2014 para 33,5 bilhões no ano passado, engolindo quase 60% do orçamento do Estado.

Problema de alastra

Empurrando esse déficit por anos a fio, o resultado é uma dívida com a União que hoje chega a 51 bilhões. No ano passado, o governador José Ivo Sartori (PMDB) tentou dar calote para priorizar o pagamento dos funcionários públicos, mas teve de recuar ao ver suas contas bloqueadas como retaliação. Em junho deste ano, o Governo gaúcho sentou-se à mesa de renegociação da dívida dos Governos Estaduais com o presidente Michel Temer. Assim como os demais Estados, o Rio Grande do Sul conseguiu estender o prazo para o pagamento por mais 20 anos, carência até o final deste ano ano para pagar as parcelas mensais da dívida, desconto nas primeiras parcelas, dentre outros pontos. Na semana que passou, governadores voltaram a se reunir com equipe econômica e uma dezena deles, principalmente do Norte e Nordeste, ameaçam declarar calamidade financeira se não conseguirem repasse emergencial…”

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