SALA DE DEBATE. A campanha e o improvável (mas não impossível) fato novo. E as propostas inexequíveis
Um programa inteiro dedicado a discutir o atual estágio da campanha eleitoral em Santa Maria. Assim foi o “Sala de Debate” de hoje, na Rádio Antena 1, entre meio dia e 1 e meia.
Dois temas específicos sobrepujaram os demais, na participação dos convidados do dia, Luiz Ernani Araújo, Walter Jobim Neto e Alfeu Bisaque Pereira.
O primeiro foi a questão de um eventual “fato novo”, que poderia quem sabe mudar o quadro aparentemente estabilizado na cidade – ainda que faltem elementos científicos (exceto as pesquisas internas das candidaturas, e que não podem ser tornadas públicas, por não registradas na Justiça Eleitoral). A experiência dos convidados, sob mediação deste editor, indica que sempre é possível. No entanto, nesta altura, pareça improvável o surgimento de algo inusitado.
O segundo foi a existência de um bom punhado de propostas que, sem questionamentos (inclusive da mídia – e este editor se coloca como culpado, também) mas que, na palavra cunhada por Bisaque Pereira, são absolutamente inexequíveis.
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Se a mídia “apertar” mais os candidatos serão obrigados a reverem suas praticas. Não só na aldeia, em todo lugar.
Mentir todos os candidatos mentem, só que existem limites. Do jeito que está o pessoal que não tem tempo para se informar direito fica a descoberto. Não tem como verificar tudo e nem acompanha o noticiário direito.
Um exemplo distante mas que mostra onde as coisas podem chegar. Eleição americana. Hillary mente. Só que Trump mente a granel, descaradamente. Chegou a dizer que Obama tinha fundado o Estado Islamico. A imprensa (maioria está do lado democrata) fazia longos programas mostrando o que era verdade e o que não era. Não adiantou. Sujeito não parou. Em alguns canais, sempre que Trump aparece, tem alguém do pessoal que opera o gerador de caracteres com o Google aberto. Se ele diz algo como “Obama criou o Estado Islamico”, aparece uma legenda do tipo “Obama não criou o Estado Islamico, a afirmação não corre o menor risco de ser verdade”. O desmentido é ao vivo, em tempo real.