“Do you speak english”, ou não quer emprego? – por Carlos Costabeber

Viver no Brasil sem falar uma língua estrangeira, vale até um certo limite. Mas quem quer um emprego (ou ser empreendedor) além das profissões mais comuns, tem de fazer um curso superior e falar e escrever em outra língua. O inglês é o padrão global, e quem deseja conquistar o mundo, obrigatoriamente deve dominar o idioma.

Coloque-se no lugar de um estrangeiro que queira trabalhar no Brasil (ex.: ser professor em uma universidade). Ele terá de falar e escrever em português, pois o seu novo trabalho assim o exige. Então de pouco adiantará falar inglês, francês, alemão ou espanhol, entendem ? Essa é a regra do jogo aqui e no mundo inteiro!

Tenho comprovado em minhas palestras, que nos cursos de graduação a maioria dos alunos mal sabe o básico. Pior ainda para os (alunos) do Mestrado, que dependem de publicações estrangeiras para realizar uma boa dissertação. Pessoalmente passei por essa experiência, quando fui para a Fundação Getúlio Vargas em SP. Quase desisti, pois a maioria da bibliografia indicada era em inglês. Logo, não me restou outra alternativa senão estudar o idioma “que nem louco”. E deu certo !

Mas a desculpa que ouço é a seguinte: falta tempo e dinheiro para pagar um cursinho. Pura bobagem! Basta ter vontade e muita persistência para estudar! Vejo a gurizada passando horas na Internet, para acessar o Facebook ou Whatsapp. Mas para entrar num site de um jornal britânico, ou ouvir rádio e assistir uma TV americana, não tem tempo!  Ainda mais que existe a disponibilidade de cursos gratuitos na própria internet. Logo, não aprende inglês quem não quer.

Claro que no começo não é fácil, porque se chega à conclusão de que se sabe pouco. Mas ninguém nasce sabendo, e ninguém aprende uma língua estrangeira de um dia para o outro. Faça do inglês a sua rotina de vida. Caminhando, praticando esportes ou descansando em casa, deve pensar como seria em inglês o que você está fazendo ou vendo. Passe a assistir filmes sem a legenda, e assim por diante. Aí a sua cabeça começa a entrar numa rotina empolgante, pois vai ver que o mundo inteiro está ao seu alcance. Dedicando uma hora todos os dias, verá que gradualmente deixará de “fazer a tradução” a partir do português, para pensar direto em inglês.

Sempre cito meus ex-alunos, que mesmo em meio a muitas dificuldades, hoje são executivos trabalhando ao redor do mundo. E em especial o Tadany Cargnin dos Santos, que foi autoditada em inglês. Após se formar, já foi selecionado para estagiar numa multinacional europeia (Nokia), até chegar a executivo da IBM na Índia. O exemplo de um guri pobre de São Borja, que decidiu ser um bem sucedido cidadão do mundo.

Finalmente fica mais uma dica: a China é a segunda maior potência mundial e tem uma sede incalculável de expandir a sua economia globalmente. Está aí a oportunidade para nossos jovens, desde que dominem a língua mandarim. É uma mina de dinheiro!

Não perca mais tempo! Saia dessa vidinha confortável; dessa rotinazinha que não vai levar a lugar algum. Sem inglês, cara, estás fora do jogo, do mercado de trabalho e da realização pessoal e profissional. Infelizmente, a grande maioria dos jovens não vai dar a mínima bola para o que acabei de escrever. Azar deles!

OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra este artigo é uma reprodução da internet.