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EDUCAÇÃO. Brasília decide mas, na UFSM, docentes aprovam paralisação de 19 dias contra PEC dos gastos

Um total de 127 docentes assinou a lista de presença na Assembleia. Decisão pró-greve por tempo determinada recebeu ampla adesão
Um total de 127 docentes assinou a lista de presença na Assembleia. Muito poucos votaram contra a greve por tempo determinado

Por FRITZ R. NUNES (texto) e IVAN LAUTERT (foto), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

A assembleia dos professores da UFSM, ocorrida na tarde desta quinta, 3, no Auditório do prédio 67, no campus de Camobi,  aprovou indicativo de greve por tempo determinado. Os dias para a realização da greve seriam de 25 de novembro a 13 de dezembro, período previsto para que o Senado vote a PEC 55 (ex-PEC 241), que estabelece limite de gastos para o poder público de 20 anos, gerando prejuízos aos serviços públicos, incluindo a educação.

A decisão foi tomada por ampla maioria. Foram 74 votos a favor do indicativo e 23 votos contrários. Um total de 127 docentes assinou a lista de presença. O indicativo para a data referida acima será a posição levada a Brasília para a reunião de representações das seções sindicais do Sindicato Nacional (ANDES-SN) no Setor das Federais (Ifes), que fará uma avaliação do quadro nacional e dará encaminhamentos às bases. A proposta de greve por tempo determinado foi apresentada pela plenária. A diretoria havia apresentado três propostas, e uma delas remetia a uma greve por tempo indeterminado, que acabou sendo superada pela proposta de plenário.

Ficou definido nesta tarde, também, a reabertura da assembleia permanente na próxima terça, dia 8, às 9h, no Anfiteatro Loi Trindade Berneira (Química), no campus de Camobi, em Santa Maria. Nesta nova plenária, os professores avaliarão os encaminhamentos que serão tomados neste final de semana, na reunião do Setor das Ifes do ANDES-SN. No encontro de Brasília, que ocorre sábado e domingo (5 e 6 de novembro), a Sedufsm estará representada pelo diretor da entidade, professor Carlos Pires.

Afora o encaminhamento do indicativo de greve por tempo determinado, a plenária reiterou o apoio à construção da greve geral no país e apontou para atividades, tanto internas quanto externas à UFSM, com o objetivo de fortalecer a mobilização. Ficou definido, por exemplo, que no dia 11 de novembro os docentes irão paralisar suas atividades na instituição, o mesmo valendo para o dia 25 de novembro.

As duas datas foram aprovadas em calendário de luta organizado pelas principais centrais sindicais do país. Por sugestão da plenária docente, foi aprovado que no dia 10 de novembro ocorram reuniões em Unidades e Subunidades da UFSM, com o intuito de preparação às atividades do dia 11 de novembro, que culminarão com um ato público na praça Saldanha Marinho, a partir das 17h, que está sendo organizado por diversas entidades e movimentos, incluindo a Frente Combativa em Defesa do Serviço Público.

Ao final da assembleia desta quinta, a Comissão de Mobilização dos Professores se reuniu, com a presença de novos nomes que se incorporaram ao grupo iniciado na assembleia do dia 20 de outubro, quando foi aprovado o “indicativo de estado de greve”.

Polêmica estudantil

Durante a assembleia desta tarde, algumas manifestações de professores polemizaram em relação à postura de segmentos estudantis. Adriano Figueiró, ex-presidente e atual conselheiro da Sedufsm, lamentou que o DCE esteja promovendo enquetes no site da UFSM pedindo a opinião estudantil sobre a greve da categoria docente. Figueiró solicitou que a Sedufsm peça informações ao reitor, Paulo Burmann, sobre os motivos de ter autorizado tal iniciativa. O vice-presidente da Sedufsm, professor João Carlos Gilli Martins, que dirigia a assembleia, confirmou que essa solicitação de informação já estava sendo encaminhada à reitoria.

Bia Oliveira, professora do Departamento de Direito, também se manifestou para registrar a indignação dela e de outros colegas, do mesmo departamento, em relação a uma nota postada por um estudante, em rede social, e que foi lida por ela, na qual o sindicato é atacado por qualificativos ofensivos, além de que, no mesmo texto, os professores em geral, e a assembleia da categoria, em especial, são adjetivados de forma pejorativa. Ela pediu uma posição do sindicato e recebeu a resposta do professor Gilli Martins de que a assessoria jurídica já está analisando o caso.

Bruno Schreiner, do Diretório da Geografia (Dageo), já ao final da plenária, informou que durante autoconvocação do Conselho de Entidades de Base (CEB), foi aprovada a realização de uma assembleia estudantil na próxima quinta, 10, ao final da tarde (17h, no auditório do CCR), quando será discutido e deliberado um calendário de lutas, que pode incluir greve ou mesmo ocupações na UFSM. O acadêmico disse também que a reunião do CEB aprovou a retirada da enquete sobre a opinião dos alunos em relação à greve docentes do site da UFSM, contrariando posição da diretoria do DCE…”

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2 Comentários

  1. Não se importam realmente. Com a educação, não. São só duas coisas, já praxes: a bandeira política e a questão salarial (SEDUFSM e CPERS são praticamente a mesma coisa em intenções).

    O que mais preocupa a esses aí é a grande possibilidade de o salário ser arrochado. Verbas para educação é só retórica, senão fica feio ficar explícito que a “luta” é mais pelo bolso.

    Quando a coisa desandar mesmo em termos de qualidade e importância, até em função das cotas sociais que já desqualificam a qualidade dos alunos que ingressam nelas, já estarão aposentados.

  2. Sistema público de ensino está cavando a própria cova. Não notaram, mas as federais não irão viver de grife para sempre. Nada a ver com vestuário, é qualidade de ensino mesmo.

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