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ESTADO. O “xadrez” para aprovação do pacote de Sartori passa pela reorganização dos partidos na AL

Projetos de Lei e Projetos de Lei Complementar tramitam em regime de urgência, e trancarão a pauta de votações no dia 22 de dezembro
Projetos de Lei e Projetos de Lei Complementar tramitam em regime de urgência, e trancarão a pauta de votações no dia 22 de dezembro

Por MARCO WEISSHEIMER e MARCELO BERTANI (foto AL), no jornal eletrônico SUL21

A possível saída do PDT da base do governo José Ivo Sartori (PMDB) pode abrir um novo cenário político na Assembleia Legislativa e tornar mais difícil a aprovação do pacote de medidas publicadas nesta quarta-feira (23), no Diário Oficial da Assembleia. Pela manhã, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, deixou clara sua posição favorável ao desembarque do governo após o anúncio do pacote feito na segunda-feira pelo governador Sartori. Para Lupi, o pacote fere princípios trabalhistas inegociáveis e não há como permanecer no governo.

A posição pela saída do governo já é unânime na Executiva Nacional, mas ainda enfrenta resistências entre alguns integrantes da bancada estadual. O PDT, hoje, ocupa as secretarias da Educação e de Obras, além de diretorias na Corsan, Detran e Badesul. A tendência, porém, é que prevaleça a decisão pela saída do governo, até porque o PDT pensa também no lançamento de uma candidatura própria ao Piratini com o possível ingresso do atual prefeito de Canoas, Jairo Jorge, que se desligou do PT há alguns dias.

Hoje, o núcleo duro da oposição ao governo Sartori, formado pelas bancadas do PT, PCdoB e PSOL, conta com 14 votos certos. O bloco de oposição pode contar também com votos da bancada do PTB (5 deputados) e da deputada Regina Becker, da Rede. Caso o PDT saia do governo, serão mais sete votos que podem ir para a oposição, o que já dificultaria muito a aprovação das sete Propostas de Emendas à Constituição (PECs) encaminhadas pelo governo Sartori à Assembleia, que exigem uma maioria qualificada de três quintos, entre os 55 parlamentares da Casa, para aprovação. Os projetos de lei complementar exigem aprovação da maioria absoluta dos deputados (28 votos) e os projetos de lei podem ser aprovados por maioria simples, com quórum mínimo de 28 deputados.

Além das sete PECs, o governo encaminhou 11 projetos de lei e quatro projetos de lei complementar. Com a perspectiva da saída do PDT da base, o Piratini enviou emissários à Assembleia para conversar com integrantes do PTB para tratar de um possível ingresso da legenda no governo.

Todos os Projetos de Lei e Projetos de Lei Complementar foram encaminhados em regime de urgência, o que significa que eles trancarão a pauta de votações no dia 22 de dezembro, data da última sessão plenária antes do recesso parlamentar, que começa no dia 23 de dezembro. Para evitar que essa votação ocorra entre o Natal e o Ano Novo. Em uma convocação extraordinária, está em discussão a possibilidade de um acordo para que todos esses projetos fossem votados entre os dias 20 e 22 de dezembro. A definição desse calendário pode ocorrer nos próximos dias.

Além dos 22 projetos enviados terça-feira para a Assembleia, o Executivo também solicitou regime de urgência de outros dois projetos que já tramitam na Casa: o PL 301/2015, que extingue a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), e o PL 214/2015, que estabelece uma redução de até 30% nos Créditos Fiscais Presumidos nos exercícios de 2016 a 2018. A partir da publicação dos projetos no Diário Oficial da Assembleia, durante dez dias úteis, eles podem receber emendas parlamentares. No caso das PECs, esse prazo é de 15 dias úteis.

Marco Weissheimer

A possível saída do PDT da base do governo José Ivo Sartori (PMDB) pode abrir um novo cenário político na Assembleia Legislativa e tornar mais difícil a aprovação do pacote de medidas publicadas nesta quarta-feira (23), no Diário Oficial da Assembleia. Pela manhã, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, deixou clara sua posição favorável ao desembarque do governo após o anúncio do pacote feito na segunda-feira pelo governador Sartori. Para Lupi, o pacote fere princípios trabalhistas inegociáveis e não há como permanecer no governo.

A posição pela saída do governo já é unânime na Executiva Nacional, mas ainda enfrenta resistências entre alguns integrantes da bancada estadual. O PDT, hoje, ocupa as secretarias da Educação e de Obras, além de diretorias na Corsan, Detran e Badesul. A tendência, porém, é que prevaleça a decisão pela saída do governo, até porque o PDT pensa também no lançamento de uma candidatura própria ao Piratini com o possível ingresso do atual prefeito de Canoas, Jairo Jorge, que se desligou do PT há alguns dias.

Hoje, o núcleo duro da oposição ao governo Sartori, formado pelas bancadas do PT, PCdoB e PSOL, conta com 14 votos certos. O bloco de oposição pode contar também com votos da bancada do PTB (5 deputados) e da deputada Regina Becker, da Rede. Caso o PDT saia do governo, serão mais sete votos que podem ir para a oposição, o que já dificultaria muito a aprovação das sete Propostas de Emendas à Constituição (PECs) encaminhadas pelo governo Sartori à Assembleia, que exigem uma maioria qualificada de três quintos, entre os 55 parlamentares da Casa, para aprovação. Os projetos de lei complementar exigem aprovação da maioria absoluta dos deputados (28 votos) e os projetos de lei podem ser aprovados por maioria simples, com quórum mínimo de 28 deputados.

Além das sete PECs, o governo encaminhou 11 projetos de lei e quatro projetos de lei complementar. Com a perspectiva da saída do PDT da base, o Piratini enviou emissários à Assembleia para conversar com integrantes do PTB para tratar de um possível ingresso da legenda no governo.

Todos os Projetos de Lei e Projetos de Lei Complementar foram encaminhados em regime de urgência, o que significa que eles trancarão a pauta de votações no dia 22 de dezembro, data da última sessão plenária antes do recesso parlamentar, que começa no dia 23 de dezembro. Para evitar que essa votação ocorra entre o Natal e o Ano Novo. Em uma convocação extraordinária, está em discussão a possibilidade de um acordo para que todos esses projetos fossem votados entre os dias 20 e 22 de dezembro. A definição desse calendário pode ocorrer nos próximos dias.

Além dos 22 projetos enviados terça-feira para a Assembleia, o Executivo também solicitou regime de urgência de outros dois projetos que já tramitam na Casa: o PL 301/2015, que extingue a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), e o PL 214/2015, que estabelece uma redução de até 30% nos Créditos Fiscais Presumidos nos exercícios de 2016 a 2018. A partir da publicação dos projetos no Diário Oficial da Assembleia, durante dez dias úteis, eles podem receber emendas parlamentares. No caso das PECs, esse prazo é de 15 dias úteis.

Os sindicatos de servidores devem intensificar nos próximos dias as conversas com parlamentares de todas as bancadas tentando convencê-los a votar contra as propostas que extinguem fundações, demitem trabalhadores e abrem caminho para a privatização de empresas públicas. Na terça-feira, diretores do Sindicato dos Técnicos-Científicos do RS (Sintergs), visitaram vários gabinetes com esse objetivo. Juntamente com o Sindicato dos Engenheiros (Senge-RS), o Sintergs realizou uma reunião com as bancadas do PDT e do PTB. Os deputados do PDT e do PTB disseram aos sindicatos que votarão contra a PEC que retira a necessidade de plebiscito para a privatização de estatais e que não votarão a favor de qualquer medida que retire direitos trabalhistas e prejudique os servidores.

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2 Comentários

  1. ICMS é um imposto peculiar. Veja a lei complementar federal que rege o assunto: ” Integra a base de cálculo do imposto […] I – o montante do próprio imposto,[…}. Ou seja, criatura compra alguma coisa por 10 reais, se a alíquota do imposto for 10%, vai pagar R$11,10 no total.
    Discurso da esquerda. Sempre existe uma montanha de dinheiro em algum lugar que vai resolver todos os problemas. Realidade: ou a montanha de dinheiro não existe ou tem dono que, invariavelmente, não vai fazer doação gratuita.
    Dívida ativa do RS gira em torno de 36 bilhões. Dois terços deste valor não existem. Tributos prescrevem em 5 anos, estado não cobrou, não recebe mais. Existe também os créditos podres. Imcosul e J.H. Santos estão inscritos. Ninguém duvida que não pagam mais.
    O resto está sendo discutido na justiça. Governo consegue algo como um bilhão por ano, mas não é sempre.
    Vamos combinar que se existisse este tanto de dinheiro Tarso, o intelectual, tinha comprado mais helicópteros.
    Empresário recolhe o imposto, mas quando a coisa “encrespa” , atividade economica cai, diminui a grana, ele não repassa e fica esperndo um REFIS.
    Incentivo fiscal geralmente envolve contratos. Logo não podem ser alterados unilateralmente. Se acontecer, vira um precatório lá na frente. E o empresário ainda pode fechar as portas, colocar todo mundo na rua e atravessar o Mampituba.

  2. Algumas considerações sobre a divida de ICMS
    1 – a inadimplência de todas as empresas com o ICMS e outros tributos, gira em torno de 33 bilhões.
    -se 15% fosse recuperado resolveria o problema momentâneo do caixa estadual,
    – depois é só modernizar o acompanhamento e recolhimento
    2 -também segundo o Dep. Marlon, existe no orçamento do estado para 2017, um incentivo fiscal de 9 bi.
    3 – se essa CAIXA PRETA fosse revisada resolveria parte do DEFICIT.
    4 – outro assunto que me incomoda é a questão o sobre o recolhimento do ICMS, que os empresários alegam alta, mas o imposto já esta incluí do no custo dos produtos.
    “quem paga ICMS é o povo e as empresas não repassam ao estado, portanto são infiel depositário”

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