ESTADO. Valdeci e bancada petista confirmam aos servidores, que votarão contra fim da TVE/FM Cultura
Por TIAGO MACHADO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Parlamentar
Prevista no pacote de final de ano do governo Sartori, a extinção da Fundação Piratini, que abrange a TV Educativa (TVE) e a Rádio FM Cultura, não conta com o aval do deputado Valdeci Oliveira e da bancada do PT na Assembleia. Em reunião nesta terça (6), na Assembleia Legislativa, os deputados da bancada petista confirmaram que votarão contra a iniciativa.
Para o deputado Valdeci, a medida representa um ataque frontal à democratização cultural e à valorização dos talentos produzidos no Estado. “Se acabarem com a TVE e com a FM Cultura, quais outras emissoras terão interesse em dar o mesmo espaço para programas que têm como centro a valorização da cultura, da música, do nativismo e da educação? As duas emissoras são verdadeiros celeiros de talentos gaúchos. Isso não têm preço. Desprezar a vida inteligente do Rio Grande do Sul é uma burrice sem tamanho”, disparou Valdeci.
Ao conversar com os profissionais da Fundação Piratini, Valdeci recebeu a informação que a própria FM Cultura foi criada no gestão do governador Pedro Simon (PMDB) – cujo líder na Assembleia era o então deputado José Ivo Sartori – em 1989.
“No passado, era importante criar a emissora. Hoje, quando vivemos na sociedade da informação e da comunicação, isso é menor? A Fundação Piratini responde por um gasto de 0,08% (R$ 24 milhões) da receita do Estado neste ano. Em 2016, só governo do Estado e o Banrisul, conforme os editais de licitação publicados, preveem gastar R$ 130 milhões em publicidade, ou seja, cinco vezes mais que o recurso da TVE e da FM Cultura juntas”, enfatizou.
Não existe terra mais improdutiva que as tvs ditas públicas, no Brasil. Elas se viram pó sem ninguém fazer esforço para isso. Audiência não é nem traço, porque traço já é alguma coisa.
Mas é uma boa instituição para encher de cargos comissionados quando se está no poder, por isso os vermelhinhos sempre serão contra qualquer ato racional que suaviza as despesas públicas sem sentido, como essa, pois vai de encontro aos ideais partidários de proliferação de comissionados nas tetas públicas.
Isto daí so interessa aos servidores da TVE/FM cultura. Emissoras são como os helicópteros de Tarso, o intelectual, seria bom que continuassem, mas não tem grana.
No mais, sempre que se fala em cortes, todo mundo tem uma história triste e tudo é “baratinho”. Querem que fique tudo como está. Na iniciativa privada uma das primeiras coisas a serem cortadas é o cafezinho. A mensagem é “coisa está tão feia que cortaram até o cafezinho, o próximo item da lista são pescoços; melhor mostrar serviço.”