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Por RODRIGO CARRIZO COUTO, de Genebra, no El País, versão digital brasileira
Desde 1 de janeiro os bancos suíços começaram a recompilar informações sobre as contas de seus clientes estrangeiros para começar a lançar alguma luz sobre um sistema bancário opaco, que se movimenta há quase oitenta anos em uma densa névoa que permitiu ocultar grandes patrimônios do fisco dos países do restante do mundo.
A Suíça concordou em 2014 em se unir ao processo de troca automática de informações financeiras e fiscais promovido pela OCDE. Um protocolo que entra em vigor este ano e que a obrigará a partir de 2018 a intercambiar os dados bancários com uma centena de países signatários. Um passo que acabará com o lendário sigilo bancário suíço. Terminará, assim, um sistema que permitiu ao país helvético monopolizar 25% do patrimônio estrangeiro nas arcas de alguns de seus mais de 250 bancos de Genebra e Berna.
Com este procedimento ficarão para trás oitenta anos de opacidade, de um sistema que permitia a evasão fiscal e garantia a segurança e o anonimato para milionários e poderosos do mundo todo. A Suíça começou a se tornar um paraíso fiscal em meados dos anos 20 do século passado, quando a França estabeleceu um imposto sobre a renda de até 75% para combater os efeitos da Grande Recessão. Ao mesmo tempo houve uma fuga de capitais da Alemanha para evitar o pagamento das reparações da Primeira Guerra Mundial, segundo relata Nicholas Shaxson em um formidável livro sobre os paraísos fiscais, Tresure Islands (as ilhas do tesouro). Poucos anos depois, as autoridades suíças aprovaram, em 1934, a Lei dos Bancos, que regulava o sigilo bancário e punia sua violação. Entre 1920 e 1938, o patrimônio estrangeiro depositado nos bancos se multiplicou por dez, segundo conta Gabriel Zucman em A Riqueza Oculta das Nações…”
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