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OUTRO OLHAR. Militante, mas longe dos holofotes. Saiba mais sobre a ex-Primeira Dama Marisa Letícia

Dona Marisa teve um AVC em 24 de janeiro e, desde então, ficou internada no hospital em São Paulo. Hoje anunciou-se a morte cerebral

Da BBC Brasil, por PAULA REVERBEL, com foto de RICARDO STUCKERT (Arquivo)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou nesta quinta-feira que sua família autorizou a doação dos órgãos da ex-primeira-dama Marisa Letícia, 66 anos.

“A família Lula da Silva agradece todas as manifestações de carinho e solidariedade recebidas nesses últimos 10 dias pela recuperação da ex-primeira-dama dona Marisa Letícia Lula da Silva. A família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos”, divulgou o perfil oficial do presidente no Facebook.

O Hospital Sírio Libanês afirmou que ela permanece permanece internada na UTI, mas foi identificada “ausência de fluxo cerebral”.

A ex-primeira-dama preferiu manter-se afastada da imprensa e dos holofotes, mesmo diante da crescente exposição do marido, que foi eleito presidente do sindicato dos metalúrgicos do ABC após um ano de casamento e seguiu carreira política até chegar à Presidência da República.

Mãe de quatro filhos – Marcos Cláudio, Fábio Luis, Sandro Luís e Luís Cláudio – Marisa Letícia virou, em 2016, ré em duas ações na Operação Lava Jato. Mas, diferentemente do marido, absteve-se de fazer comentários públicos. A defesa nega que ela tenha cometido ilegalidades.

Apesar da reserva, não deixou de participar da vida política do ex-presidente ou de fazer a militância própria, inclusive durante a ditadura militar. Quando Lula e outros líderes metalúrgicos estavam presos, em 1980, Marisa Letícia transferiu a sede do sindicato, que havia sofrido uma intervenção, à sala de sua casa e ajudou a organizar passeatas de mães e filhos de metalúrgicos.

Também em 1980, Marisa cortou e costurou a primeira bandeira do PT, para ser exibida na fundação do partido. Em seu ativismo, a mulher do ex-presidente foi pioneira ao reivindicar, junto com outras esposas de metalúrgicos, a presença de mulheres nas chapas dos sindicatos do ABC.

Admitiu que chegou a ter medo da repressão, principalmente pelos filhos, mas disse não ter se acanhado. “Aquilo tudo foi deixando um sentimento de revolta em mim. E para mudar, alguém tinha que enfrentar aquela situação”, afirmou, em rara entrevista realizada e divulgada pela assessoria da campanha presidencial de Lula em 2002.

Na mesma entrevista, Marisa Letícia confessou ter duvidado que o marido chegaria a ser presidente. O ceticismo foi motivado por sua primeira visita a Brasília, em 1980, quando Lula foi julgado no Superior Tribunal Militar. “Vamos parar com tudo isso”, disse a ele, durante visita guiada por bairros nobres. “Esses caras não vão deixar você chegar ao poder nunca”, concluiu.

Já em 2002, ela citou o clima político da época como um dos motivos para ter mudado de opinião: “O povo está descontente demais”, declarou, há mais de 14 anos. A mesma frase é usada hoje por adversários para explicar a derrocada do PT.

Marisa também afirmou que a personalidade do líder petista contribuiu para sua mudança de atitude: “O Lula quando quer uma coisa, consegue”.

Casamento

De acordo com relatos de Marisa, Lula também agiu de forma determinada para conquistá-la, chegando a suplantar o namorado que ela tinha na época.

Mais tarde, Lula explicaria a Marisa que, sendo um jovem viúvo (sua primeira mulher, Maria de Lourdes da Silva, contraiu hepatite quando estava grávida de sete meses e morreu quando ele tinha 25 anos), estava à espera de uma ‘viúva novinha’ para formar um novo par.

O primeiro casamento de Marisa durou apenas seis meses. O motorista de caminhão e taxista Marcos Cláudio da Silva, com quem ela se casou aos 19 anos, havia sido morto a tiros durante um assalto quando ela estava grávida.

Ela então conheceu Lula devido a uma burocracia que precisava cumprir para receber a pensão. O então futuro presidente trabalhava no serviço de assistência social do sindicato, onde ela precisou ir para pegar um carimbo para recolher o benefício, e inventou etapas a mais como desculpa para ficar o contato da jovem…”

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