ENSINO MÉDIO. Ministério da Educação pagou R$ 295 mil para seis youtubers defenderem reforma
POR MAIQUEL ROSAURO
O governo Federal encontrou uma forma “criativa” de se comunicar com os jovens entre 15 e 25 anos. Confira na matéria do Diário de Pernambuco:
MEC pagou R$ 295 mil para youtubers defenderem reforma do ensino médio
https://www.youtube.com/watch?v=ENIPdSbuafA
O Ministério da Educação (MEC) pagou R$ 295 mil para seis youtubers fazerem uma campanha publicitária sobre a reforma do ensino médio, sancionada nesta quinta-feira, 16, pelo presidente Michel Temer (PMDB). Os vídeos explicam as mudanças e fazem elogios à proposta, sem identificar que o conteúdo foi patrocinado pelo ministério.
A pasta informou ter pago os “influenciadores digitais” porque eles estão incluídos nas mídias digitais e complementam a estratégia de comunicação institucional para divulgação e esclarecimento sobre a reforma. “No caso do ensino médio, o público alvo da campanha de divulgação e esclarecimento é jovem. Pesquisas apontam que 92% de jovens de 15 a 25 anos, de todas as classes sociais, utilizam este tipo de mídia para se informar.” A contratação da campanha publicitária foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Um dos vídeos foi publicado no canal “Voce Sabia?”, comandado por dois jovens, que tem mais de 7,1 milhões de assinantes. Os youtubers Luka Marques e Daniel Mologni explicam os benefícios da reforma. “Convenhamos galera, essas mudanças são realmente boas para vocês”, dizem após explicarem alguns pontos da mudança.
O vídeo foi publicado no dia 31 de outubro de 2016, quando estudantes ainda ocupavam escolas contra a reforma. Os youtubers inclusive dizem para os jovens não darem atenção para algumas das críticas que a proposta recebeu. “Acabou gerando uma polêmica também porque tem muita gente reclamando que artes e educação física foram retiradas do currículo básico. Galera, se alguém falar isso para você, nem dê atenção, porque isso nem rolou. O povo fala demais, nem sabe”, dizem.
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Tá valendo tudo.
O grande problema foi a falta de transparência.
Foi não só um ato feio mas até amador, no entanto, há uma grande diferença do governo anterior. Não estão pagando bloguistas, youtubers, sindicatos nem jornalistas para defenderem a ideologia, um governo fracassado ou os corruptos do governo, como o governo anterior fazia descaradamente, usando MAVs para isso.
Não foram pagos para serem patrulheiros ideológicos, ou seja, o governo atual não usou dinheiro público para defenderem o partido do governo ou seus asseclas. Foram pagos para lidarem com um tema de ação do governo. O grande problema foi não explicitarem que estavam sendo pagos para fazer propaganda das medidas, e isso também é desqualificador, pois não devem nos tratar como bobos.