Por JAIANA GARCIA (com fotos dela e de JOSÉ LUIZ ZASSO), da Assessoria de Imprensa do Evento
Quatro dias de retrospectiva, muitas histórias recontadas, revistas e projetadas para o futuro. A intenção da edição 11 e ½ foi cumprida: resgatar memórias – pessoais, coletivas, afetivas – e preparar o ambiente para a 12ª edição, ano que vem. Edição que já tem data para acontecer. O anúncio foi feito na noite desta quinta (25) durante o encerramento do festival, na Associação dos Professores Universitários de Santa Maria (Apusm). Será na última semana de junho e as inscrições dos filmes poderão ser feitas em março e abril.
“Foi uma edição especial, cheia de dificuldades e improvisos, mas não nos convencemos de que ela não deveria acontecer. Não foi o evento que sonhamos, na praça, nos bairros, no teatro, com oficinas, prêmios, realizados, cineclubistas, mas transformamos as dificuldades em oportunidades e SMVC aconteceu”, afirmou um dos coordenadores do festival, Luciano do Monte Ribas.
Durante a noite também foram anunciados os homenageados nacional e local do 12º SMVC. Leonardo Machado, ator gaúcho que tem no currículo diversas novelas, séries e filmes, e Cândice Lorenzoni, atriz, diretora e professora. O tema do festival de 2018 será “os intérpretes e suas ideias”. Leonardo mandou um vídeo agradecendo a homenagem. “Estou extremamente honrado. Hoje não pude estar aí, mas ano que vem estaremos juntos”. Cândice se limitou a dizer “obrigada” com a voz embargada de emoção.
TROFÉU VENTO NORTE PARA OS MELHORES DA RETROSPECTIVA LOCAL E NACIONAL
Nas duas primeiras noites de exibições dos melhores curtas-metragens das 11 edições passadas da Mostra Santa Maria e Região e Nacional, o público pode votar e escolher os destaques. O filme “A Escola do Mundo”, de Pedro Rocha, exibido em 2003, foi o escolhido da mostra local, e a animação vencedores de 2007 “O Jumento Santo e a Cidade que se Acabou Antes de Começar”, dos pernambucanos William Paiva e Leonardo Domingues, na nacional. Ambos mandaram vídeos e agradeceram o prêmio.
“O SMVC é importante para uma geração inteira de realizadores. Bom saber que o festival está voltando com força”, disse Pedro. “10 anos depois é muito legal saber do acolhimento ao meu filme”, agradeceu William.
NOITE DE SURPRESAS
O encerramento não foi só de surpresas para o público, mas também para o próprio festival. O coordenador Luiz Alberto Cassol recebeu da jornalista, escritora e pesquisadora Marilice Daronco uma cópia do cartaz do 1º Festival Regional do Filme Super-8, realizado em 1975, em Santa Maria, com produções de vários estados brasileiros. Uma relíquia que foi encontrada pelo pesquisador Antônio Leão da Silva Neto, no Rio de Janeiro, durante a pesquisa de mestrado da jornalista.
“Foi enquanto fazíamos a parte de Santa Maria para o livro dele sobre super-8 no Brasil. Remexendo arquivos, ele encontrou. É uma imagem fundamental do amor que todos nós temos pelo cinema”, disse emocionada.
O artista Afonso Azevedo também entregou um pórtico feito em couro representando duas colunas gregas com o nome do festival. “Lá em 1960 eu fazia meus próprios filmes. Meu pai alugava um projetor, a tela era um lençol e eu cobrava os ingressos. A minha ligação com o cinema é muito forte”, salientou.
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