UFSM. Burmann vence eleição com Schuch e deverá completar novo mandato de quatro anos na Reitoria
ATUALIZADA ÀS 6H55
Os números gerais e absolutos e para cada categoria deverão ser divulgados ao longo desta quinta-feira. Mas computados 100% dos votos, na apuração do pleito para reitor da UFSM, se pode afirmar que a vitória é da chapa 1, liderada pelo atual ocupante do cargo, Paulo Burmann, e que tem como vice Luciano Schuch. Os vencedores (foto acima) obtiveram 5.827 dos votos totais (51,94%), já com a paridade definida.
Em segundo lugar chegou a chapa 2, liderada por Dalvan Reinert, com Pedro Santos como vice. Eles obtiveram 4.015 votos (35,89%). E em terceiro chegou a dobradinha Helenise Antunes/Laura Fonseca, da chapa 3, com 1.997 (12,17%).
Foram às urnas, portanto, 11.919 eleitores – entre professores, técnicos administrativos e alunos. Nas duas primeiras categorias, votaram também os aposentados.
Agora, ao longo de julho, os conselhos superiores da instituição devem oficializar o resultado do pleito e encaminhá-lo ao ministério da Educação, a quem caberá oficialmente a nomeação. Nos últimos pleitos, para evitar surpresa, a lista tríplice enviada ao MEC, além do vencedor do pleito de agora, dois nomes que recusam o cargo, garantindo o resultado da vontade popular.
No Brasil temos, há horas, uma grande inversão de valores no serviço público: o servidor se acha dono do Estado, dos próprios caminhos profissionais e de como as coisas têm de funcionar, escorado numa legislação que dá poder em demasia para eles. A sociedade que paga a conta é só um detalhe.
Os maiores inimigos do ensino superior público são os próprios servidores e professores das IFES. Não percebem que a estrutura do jeito que está joga contra a instituição. Alguém imagina um funcionário (ou professor) fazer corpo mole na Unifra? Ou reclamar de ponto eletrônico? Criação e extinção de cursos, mais fácil na Unifra ou na UFSM? Objetivos dos cursos, exemplos, jornalismo e pedagogia. Preocupação maior é formar profissionais ou “cientistas da comunicação” e “cientistas da educação”? Não é só a estabilidade, a hierarquia pró-forma das IFES resulta em falta de direção, falta de rumo.
Vamos fazer um exercício sobre a real representatividade? Mais uma vez, assim como aconteceu com a eleição para o DCE recentemente, a soma dos votos das chapas concorrentes foi maior que a chapa ganhadora. E só um terço do universo dos votantes foi às urnas. Então, desses, metade deu votos para a chapa ganhadora. Ou seja, ganhou quem levou 1/6 dos votos do universo dos votantes. Isso dá 17% aproximadamente de representatividade.
Pergunto, então para que eleição para reitor? Leio ali, “vontade popular”. Sem sentido. Quanto tempo, recursos, pessoas, dinheiro (muitos servidores fizeram horas extras), para uma representação ínfima sentar nas cadeiras de cargo administrativo, ganhando seus adicionais? Não faz diferença nenhuma para a universidade o ganhador em si, pois a gestão é toda comandada pelas diretrizes do MEC, limitada pelos recursos que aportam do MEC. E não custa perguntar, quanto custa ao erário doutores fora da sala de aula por anos e anos, assinando burocracia?
O importante é que a UFSM tem pista multiuso e os carros param na faixa de pedestres. Diferente do que faz a ralé de Santa Maria.