“…O termo parece um exagero para designar duas pessoas que nunca encontrei pessoalmente. Mas, prezado leitor, eu posso não ter dividido o mesmo ambiente do Moreau e Shepard, mas a presença deles foi sentida e teve peso nos meus dias. Tive a sorte de ter A noite como um dos primeiros filmes de Michelangelo Antonioni que assisti. Confesso que a estudante de jornalismo de pouco mais de 20 anos achou chato. Era um mundo muito distante aquele do casal em crise numa Itália sessentista. Mas uma imagem ficou na minha cabeça como um incômodo: a esposa de olhar perdido e poucas palavras interpretada por Moreau…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra das “O turbilhão da vida”, de Bianca Zasso. Nascida em 1987, em Santa Maria, Bianca é jornalista e especialista em cinema pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Cinéfila desde a infância, começou a atuar na pesquisa em 2009. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis todas as quintas-feiras.
Sam Shepard era um figuraça. Tinha só o segundo grau. Ganhou um Pulitzer e fez parte da lista mais duas vezes. Falava que o pai era “um homem que bebia, um alcoólatra dedicado”. Convidado para trabalhar num instituto de pesquisas ( Santa Fé Institute) perguntou se haveria espaço para sua máquina de escrever (uma Olympia). Não gostava de computadores e editores de texto. Acabou encontrando outro, Cormac McCarthy (este usa uma Olivetti). Talento muitas vezes prescinde de diplomas.