SAÚDE. Valdeci quer estadualizar debate sobre o Hospital Regional, em encontro sobre Enfermagem
Por TIAGO MACHADO (texto e foto), da Assessoria de Imprensa do Parlamentar
O vice-presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) vai participar da abertura do Seminário Estadual A Enfermagem Cuidando na Atenção Primária, que acontece nesta terça (8), no Teatro Dante Barone, em Porto Alegre, a partir das 9h. A atividade é uma promoção do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RS). Valdeci (foto) vai aproveitar a oportunidade para debater a crise da saúde pública e o impacto disso nos usuários e nos trabalhadores do setor. “Infelizmente, a saúde pública e o Sistema Único de Saúde são alvos de uma violenta desestruturação, que é registrada tanto em nível nacional, como estadual. Só que a crise na saúde não choca tanto quanto a crise na segurança, que produz violência imediata e em larga escala. Por isso, precisamos chamar a atenção da sociedade para esse desmonte”, alertou.
Na sua manifestação, Valdeci também vai se manifestar sobre a situação do Hospital Regional de Santa Maria. “É preciso estadualizar essa discussão. A não abertura desse complexo de saúde estoura em todo o Rio Grande, que tem no déficit de leitos um dos seus principais problemas na área da saúde. Além disso, o Regional, quando aberto, representará um grande campo de trabalho para a enfermagem gaúcha”, destacou.
Valdeci com cara de “não tenho nada a ver com a coisa”. Tabela do SUS não é reajustada há uns 10 anos, logo a conta não é só do Michel Temer Lulia. Lula e Dilma têm culpa no cartório. Por exemplo, uma cesariana rende 400 reais para o hospital e 150 reais para todo o pessoal envolvido. Planos de saúde pagam algo como 350 reais para o obstetra e o mesmo para o pediatra (fora anestesista, instrumentador geralmente é “por fora”, enfermeira(o)). Pela proporção dos honorários dá para ter uma idéia do valor que os planos pagam para os hospitais (valor real não é fácil de conseguir). Daí se explica a crise dos filantrópicos. Daí se explica a ilogicidade do Hospital Regional 100% SUS. Subfinanciamento. Daí a dificuldade da abertura: se todo o sistema está funcionando mal, como expandir o mesmo? Não adianta querer vender o HR como bóia de salvação.