É CINEMA. Bianca Zasso resgata a trajetória de Rogéria, a “travesti da família brasileira”
“E mais uma perda. Esta coluna está cansando que falar delas, mas uma das marcas da vida adulta é que precisamos lidar com a falta. Como já não somos mais crianças no reino da fantasia, onde um boneco morre na brincadeira de Forte Apache para no minuto seguinte ressuscitar em outro universo, lá vamos nós encarar de frente a passagem de Rogéria.
A “travesti da família brasileira”, como ela mesma gostava de se intitular, faleceu na última segunda-feira, aos 74 anos. Ela, que foi batizada como Astolfo Barroso Pinto mas conquistou o mundo com o nome que ganhou de um colega maquiador, não era apenas atriz. Os amantes da TV se acostumaram a vê-la como jurada no programa do Chacrinha e participando de novelas em personagens que iam além da simples interpretação. Rogéria levava suas causas para as telas e os palcos sem medo.
Trabalhou com cineastas como Júlio Bressane e Carla Camurati, mas foi pelas mãos da jovem atriz e diretora Leandra Leal que aconteceu sua despedida. Nada programada, mas intensa e verdadeira, como só Rogéria poderia ser…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra das “Astolfo não mora mais aqui”, de Bianca Zasso. Nascida em 1987, em Santa Maria, Bianca é jornalista e especialista em cinema pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Cinéfila desde a infância, começou a atuar na pesquisa em 2009. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis todas as quintas-feiras.
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