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SEM ALIANÇAS. PT, PMDB e PSDB poderiam fazer quase 40% mais deputados

Há vários motivos que levam uma sigla a compor com outra, abrindo mão de um possível espaço seu. O principal deles é a vantagem para eleger o candidato majoritário (seja ele Prefeito, Governador ou Presidente da República). Outra é bem clara: a ampliação do espaço de propaganda no rádio e televisão.

Para não ir muito longe, basta que relembremos a aliança entre PP e PMDB em Santa Maria. E ver o que aconteceria se os partidos concorressem em faixa própria. Mas o peemedebismo teve que ceder ao pepismo, em benéficio do candidato à prefeitura, Cezar Schirmer.

Resultado: o PMDB levou, sim, o prêmio maior, o comando do Executivo. Mas viu sua nominata ao Legislativo se reduzir, em relação ao período anterior. É assim que funciona.

Então, não há razões para queixas. O que não impede a constatação, feita pela Folha de São Paulo, acerca do que poderia ser o resultado eleitoral, não fossem as mais diversas (e algumas inusitadas) coligações. A reportagem é de Fernando Rodrigues. Confira:

PT, PMDB e PSDB teriam bancada maior se não fizessem coligações

Se os três maiores partidos brasileiros não tivessem se coligado a nenhum outro na eleição deste ano para obter vagas na Câmara dos Deputados, suas bancadas somadas chegariam a 282 cadeiras. Como se coligaram, PT, PMDB e PSDB conquistaram juntos apenas 220 deputados para a legislatura que começa em 2011. A diferença de 62 deputados (12% da Câmara) se dividiu entre partidos pequenos. Seis dessas agremiações só têm deputados eleitos por causa dessa “sobra” de cadeiras das siglas maiores.

O Brasil tem 27 partidos políticos registrados oficialmente na Justiça Eleitoral. A rigor, todos podem se aliar na eleição para a Câmara, independentemente de serem adversários nas disputas para presidente da República ou para governador.

O sistema de coligação livre em eleições proporcionais no Brasil (Câmara, Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais) permite aos partidos se aliarem para que os votos sejam divididos entre todos os candidatos de uma mesma aliança.

Trata-se de uma troca. Os partidos grandes se juntam aos pequenos para aumentar seus tempos de TV e rádio na propaganda gratuita (o PT fez isso para dar mais exposição à candidatura presidencial de Dilma Rousseff).

Já as agremiações menores têm a vantagem de eleger um número maior de deputados com base na votação das siglas mais tradicionais…”

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