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CÂMARA. Vereadores de comissão especial conhecem escombros em que se transformou obra da nova sede

Vereadores fazem vistoria na obra inacabada da novo sede. Se depender do MP de Contas, do TCE/RS, haverá multa a ex-presidentes

Por FABRÍCIO MINUSSI (texto e foto), no site da Rádio Medianeira (*)

Os vereadores que integram a Comissão Especial da Câmara realizaram, no final da manhã desta quarta-feira (29), uma vistoria nas obras do novo prédio do Legislativo Municipal. O objetivo foi de verificar as condições da construção, que foi alvo de apontamento do Ministério Público de Contas. A imprensa não teve acesso à vistoria, que teve início pouco após às 11h. Participaram da agenda os vereadores que integram a Comissão Especial criada no último dia 21 de novembro – o presidente Daniel Diniz (PT), o vice Marion Mortari (PSD) e o relator Juliano Soares (PSDB), o “Juba”, além do vereador Valdir Oliveira (PT).

Segundo Daniel Diniz a intenção foi de verificar, in loco, as condições da edificação, que teve a obras paralisada há cerca de quatro anos e que segundo o Ministério Público de Contas, apresenta supostas irregularidades. Entre elas, falhas no processo licitatório, falhas dos procedimentos de fiscalização, aditamento de valor contratual sem amparo legal e pagamento de quantitativos não executados.

Ainda segundo o parecer do Ministério Público de Contas, foi feita a sugestão para que três ex-presidentes da Câmara devolvam valores que teriam sido utilizados indevidamente ao longo da empreitada.

O documento aponta que Sandra Rebelato (PP) devolva R$ 8.374,15 (por ter pago orçamento inexequível da obra). Já Manoel Badke DEM), o “Maneco”, poderá ter que devolver R$ 157.178,23 e Marcelo Bisogno (PDT) R$ 507.320,40 (ambos por consolidação dos valores indevidamente pagos). O parecer ainda indica ausência de inconformidades nos períodos em que Werner Rempel (PPL) e Deili Silva (PTB) foram gestores do Legislativo.

O parecer também multa os ex-presidentes Sandra, Badke e Bisogno com base nos artigos 67 da Lei Estadual nº 11.424/2000, e 135 do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado (RITCE), cujo valor pode variar entre R$ 3 mil e R$ 20 mil.

Há também uma determinação para que o atual presidente – hoje Admar Pozzobom (PSDB) – adote providências cabíveis referentes ao Relatório de Inspeção Extraordinária. A auditoria registrou a possibilidade de que a execução das fundações do prédio esteja em desacordo com o projeto estrutural, que podem comprometer a segurança do prédio.

Há ainda recomendações para se evitar a reincidência de falhas semelhantes em uma eventual licitação para conclusão da obra. Por fim, há um pedido para que o Procurador-Geral de Justiça (cargo hoje ocupado por Fabiano Dallazen) e o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul – CREA/RS (função hoje de Paulo Teixeira Viana) tomem ciência das irregularidades e adotem eventuais medidas em suas esferas de atuação.

O próximo passo é o voto do conselheiro-relator, Iradir Pietroski, com o seu parecer. Após isso, os ex-presidentes do Legislativo santa-mariense poderão recorrer ao Plenário do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Obra orçada em R$ 4,9 milhões

Em dezembro de 2011, a Câmara de Vereadores e a empresa Engeporto, de Campo Bom, assinaram o contrato para a construção do prédio, orçado em R$ 4,9 milhões. A obra iniciou em janeiro de 2012 e deveria ser entregue em dezembro daquele ano.

Todavia, após dois embargos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a obra foi paralisada em definitivo janeiro de 2013. Em outubro daquele ano, a Câmara e a Engeporto romperam o contrato. No total, 25% da obra foi concluída e R$ 1,3 milhão foram pagos à empresa.

A Câmara de Vereadores de Santa Maria irá investigar as supostas irregularidades apontadas pelo Ministério Público de Contas na obra do novo prédio do Legislativo Municipal. A decisão foi tomada em reunião a portas fechadas, realizada nesta terça-feira (21), entre os 21 vereadores. A criação da comissão especial foi aprovada por vinte vereadores. A investigação será presidida por Daniel Diniz (PT), que terá como vice, Marion Mortari (PSD), e como relator, Juliano Soares (PSDB), Juba.

MP de Contas vê irregularidades na obra da Câmara e cobra três ex-presidentes

Na semana passada o Tribunal de Contas do Estado apresentou parecer que aponta a existência de supostas irregularidades na obra do prédio e sugere que três ex-presidente do Legislativo, Sandra Rebelato (PP), Manoel Badke (DEM) e Marcelo Bisogno (PDT), devolvam aos cofres públicos R$ 672 mil.

Entre as irregularidades apontadas estariam falhas no processo licitatório, falhas dos procedimentos de fiscalização, aditamento de valor contratual sem amparo legal e pagamento de quantitativos não executados.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

(*) Com informações também de Maiquel Rosauro,publicadas aqui no www.claudemirpereira.com.br

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