GOVERNO DILMA. ‘República de Santa Maria’ pode manter dois ministérios. Um já está garantido
A expressão “República de Santa Maria”, num tom quase acusatório, para não dizer totalmente acusatório, foi cunhada pela futura ex-governadora Yeda Crusius. Pois bem, pegou. A tal “república” acabou assumindo o governo do Estado e está na bica para manter suas posições no Palácio do Planalto.
Guilherme Cassel tem grandes chances (ainda não há definição, no momento em que escrevo) continuar no Ministério do Desenvolvimento Agrário. E Nelson Jobim já está confirmado: permanece à frente do Ministério da Defesa, ainda que com pelo menos uma atribuição a menos.
A propósito de Jobim, a definição aconteceu no final de semana, tendo começado, ao que consta, com uma conversa dele com futuro Chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Os detalhes estão nos jornais desta segunda-feira. Entre eles, O Estado de São Paulo. A reportagem é de Eugênia Lopes. Acompanhe:
“Dilma refaz convite e Jobim ficará na Defesa…
…O ministro da Defesa, Nelson Jobim (PMDB), vai permanecer no cargo no governo de Dilma Rousseff. O convite foi feito pela presidente eleita e aceito horas antes de Jobim aparecer em rede nacional chancelando o apoio das Forças Armadas no combate ao crime no Rio de Janeiro. Interlocutores de Dilma informaram que a conversa entre os dois foi “longa e boa”.
Jobim já havia sido sondado para permanecer no cargo pelo deputado Antonio Palocci (PT-SP), um dos coordenadores da equipe de transição. Jobim havia questionado quais seriam as condições da permanência e Palocci foi evasivo. Coube a Dilma refazer o convite na sexta-feira.
A presidente eleita quer desidratar o Ministério da Defesa. Ela pretende criar uma pasta específica, com status de ministério, como revelou o Estado, para cuidar dos aeroportos. Essa função hoje é da Infraero, subordinada ao Ministério da Defesa.
A permanência de Jobim na Defesa era um desejo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os peemedebistas já avisaram que Jobim não será uma indicação partidária. No futuro governo, o PMDB espera ficar com pelo menos cinco pastas. Hoje, o partido comanda seis ministérios, além do Banco Central…”
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