ANÁLISE. Rejeição da moção contra o PT e vinda de Lula sinaliza dificuldades políticas para a Prefeitura
Que fique claro: não quer dizer que a Prefeitura deixará de ver aprovadas as ideias que tragam inequívoco benefício à comunidade. Exemplo: mudanças no Plano Diretor, necessárias à obtenção de recursos federais, tendem a ser chanceladas com alguma facilidade pelo Legislativo. O mesmo ocorre, provavelmente, com a renovação do contrato do município com a Corsan, para o saneamento e a prestação do serviços de abastecimento de água.
Enfim, é bastante improvável que ocorram entraves em questões estratégicas. No entanto, algo mudou, e bastante fortemente, nas relações entre a Câmara de Vereadores e a Prefeitura Municipal. A ponto deste editor imaginar que talvez fosse o caso de os articuladores políticos do governo irem ao divã da análise política, para ver o que de fato aconteceu, os erros que foram cometidos e tentar se adaptar a uma nova (e nem sempre agradável) realidade.
Alguém dirá: exagero. É? Então explica, por favor, como uma moção claramente ideológica, buscando marcar uma posição cristalina em relação a Lula, e contrária a ele, pode ter sido rejeitada com votos inclusive de quem é antilulista e antipetista?
A explicação é só uma, a menos que tragam provas em contrário: foram votos contrários ao governo municipal, patrocinador da ideia, via bancada do PSDB. Enfim, o voto não foi pró-PT e Lula (e seus apoiadores se enganam se assim imaginarem), mas… Bueno, a conclusão é tua.
EM TEMPO: também na sessão desta terça-feira, foi rejeitado o veto parcial do prefeito Jorge Pozzobom a um projeto do petista Valdir Oliveira, com mudanças na CIP, a Contribuição para a Iluminação Pública. Placar? 11 a 10. Sim, é isso mesmo que você imagina: G11 x G10. Detalhes? AQUI.
Moção do Lula é uma bobagem. Bobagem não quer dizer nada.
A criatura que escreveu o primeiro parágrafo sobre o veto no site da CV merece um prêmio.
Idéias que interessam a comunidade interessam, o resto é a mais pura chinelagem, “política” rastaquera, baixo nível.
Quando ao G11 e G10 só se pode dizer uma coisa, vão acertar (eventualmente) e vão errar, o juiz é a população. Já vi muita gente na política achar que estava “abafando” levar uma invertida depois, de outra perspectiva (a mais importante) estavam fazendo KK.
Como “atirar no lixo” o apoio de SEIS vereadores? A receita é simples.
Misture um tanto de miopia política, um baita pedaço de arrogância, um eito de desrespeito, uma pitada de ódio com dúzias de privilégios ao irmão do prefeito. Cozinhe os pedidos e demandas dos vereadores em fogo baixo, depois frite os projetos pessoais de quem deu apoio e, por fim, polvilhe tudo com muita enrolação.
Como é impossível a coisa ficar boa, abra a tampa do lixo e despeje a boa vontade de seis vereadores. E, muito importante, não esqueça de jamais reconhecer a própria culpa e continue afrontando todos eles, sempre que possível.
Ah! Não esqueça de arrumar, volta e emia, algum constrangimento desnecessário ao grupo que ainda te apóia…