Que a diplomacia, especialmente a ianque, está em polvorosa todo mundo que se informa pela internet está sabendo. O tal de Julian Assange, idealizador do Wikileaks criou um forrobodó de tamanho ainda impossível de ser medido, de tão grande que é.
Mas também o mundo das finanças pode estar sentindo no couro o que pode significar a reação do mundo virtual. Agora, a ameaça dos hackers vai pra cima do maior entre os gigantes do comércio eletrônico, a Amazon – não por acaso, com sede nos esteites.
Quem conta um pouco do que é essa verdadeira, com o perdão da expressão, rebelião ‘hackeriana’ é o jornal Correio do Brasil, com a participação de Mark Townsend e Paul Harris em Nova York, Alex Duval Smith em Johannesburg, Dan Sabbagh e Josh Halliday, do Guardian – de Londres. Confira:
“Censura ao Wikileaks inicia ‘primeira guerra de informação do mundo’
Ele é um dos novos recrutas para a Operação Payback. Em um quarto de Londres, o hacker de 24 anos prepara suas armas para as batalhas desta semana em uma ciberguerra em marcha. Ele é um guerreiro com seu próprio estilo, na luta pela liberdade de expressão. Sua arma é um laptop e seu inimigo, as corporações dos EUA responsáveis por atacar o sítio do WikiLeaks.
Ele havia lido os panfletos que começaram a surgir na web em meados de setembro. Em salas de chat, em fóruns de discussão e caixas de e-mail de Manchester a Nova Iorque, de Sydney ao Rio de Janeiro. O rosto sorridente de uma máscara de Guy Fawkes (um herói inglês de 1570) tinha aparecido como uma chamada às armas. Em todo o mundo, um batalhão de hackers estava sendo convocado.
“Saudações, Anons (anônimos) companheiros” diz, sob o título Operação Payback. Ao lado havia uma série de softwares, apelidada de “as nossas armas” e uma mensagem clara: as pessoas precisavam daquela munição para mostrar todo o seu “ódio”.
Como a maioria dos conflitos internacionais, a guerra da semana passada, travada na internet, começou como mais uma disputa relativamente modesta à escalada, em apenas alguns dias, para uma luta global…”
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Esqueci-me de comentar outra coisa, Alarico,
É assim que se começa o controle pelos poderosos, um dia não mais crime roubar e liberar os dados sigilosos da diplomacia mundial, outro dia não é mais crime liberarem os dados sigilosos das empresas, ONGS, et.. e um dia caem na vida comum do seu José e da d. Maria.
A perda de privacidade é o maior direito que os poderosos querem ter sobre as nossas vidas, pois com isso dominam os contrários, os libertários, os de bom senso, os que pensam, para poderem tomarem o poder e saberem com quem podem confiar.
Claro que você não um criminoso e nem eu, mas todos têm seus direitos de manterem seus segredos e seus pensamentos mais profundos, sobre si e sobre os outros, em particular.
Ou você ingenuamente acredita que o caso Wikileaks não vai respingar nas nossas vidas particulares?
Outra coisa, você acredita que todos os documentos, a partir de duas semanas atrás, em algum lugar do mundo, sejam dos governos e das empresas, será a oficialização da transparência das conversas e trocas de pensamentos entre os paises? Você mais uma vez seria ingenuo acreditar que o caso Wikielaks fosse trazer finalmente transparência e verdade no que for escrito. Ou serão escritas as “abobrinhas” convencionais ou não será escrito. Isso também serve para os paises e ideologias que te servem. Queria ver o quanto já apagaram e queimaram de mensagens e documentos nas duas últimas semanas, em qualquer lugar desse mundo.
@Alarico
Você continua confundindo as coisas.
Não há diferença nenhuma entre divulgar assuntos oficiais e particulares.
Concordo que transparência é fundamental nos assuntos oficiais, mas você estaria no mundo da lua se isso fosse possível de acontecer em qualquer lugar desse mundo em algum dia desse mundo. Discussões privadas e sigilosas garantem o bom equilíbrio das relações e a manutenção da paz, inclusive.
Não se preocupe, sairá muita coisa de Israel, afinal, somente 0,6% do material foi divulgado. Mas sairá também os podres dos paises e ideologias que você pretensamente defende.
Não se esqueça, todos os lados ideológicos e países não prestam. Se é para divulgar tudo, que se abram os arquivos de todos os países dos últimos cinquenta anos.
Sairia tanta sujeira e podridão de todos que ninguém mais faria questão de vasculhar nada, a população ficaria de tal tamanho enojada que um dia decidiriam que seria melhor esquecer e fazer uma grande fogueira. Aí sim concordo, se isso vai ajudar a limpar a sujeira mundial e zerar tudo, palmas para a perda da liberdade de expressão do mundo dos paises.
Só que isso, Alarico, vai repercutir no teu mundo particular, sabia? Essa agências que você citou não dão atenção para pessoas comuns como eu ou você, somente aquelas pessoas e empresas que podem repercutir na decisão política e econômica dos nossos caminhos, mas com o absurdo fim da privacidade e da questão agora assumidamente legal, que agora se pode roubar documentos sigilosos e divulgá-los a qualquer momento. Mesmo você não tendo mundo online, você tem documentos pessoais e talvez cartas, você tem uma declaração de renda que é sigilosa. Então o teu vizinho ou aquele teu parente que não vai muito com a tua cara agora poderá te aprontar uma sem sofrer penalização, o Wikileaks é a jurisprudência viva de que isso pode ser feito. Cuide-se.
Existe muitíssima diferença entre divulgar assuntos estatais e assuntos privados; é só uma questão de querer ver. Em minha modesta opinião, as embaixadas norte-americanas são, também, centrais de espionagem e conspiração espalhadas mundo afora.
Não tenho Twiter, Facebook, MSN, Orkut e outras baboseiras utilizadas para controlar a vida das pessoas e, também, não tenho podres a esconder. Além disso, sei perfeitamente que a vidas das pessoas é absolutamente controlada pelo aparelho estatal interno e internacional. Lembro o caso recente de uma equipe de espionagem que atuava dentro do palácio do governo do RS que, com certeza, não agia sem o conhecimento da governadora.
Penso que o Wikileaks está fazendo um bom trabalho, coisa que a mídia empresarial não faz. De todo modo, deve-se perguntar e estranhar porque nada foi divulgado sobre a “diplomacia” no tocante ao Estado de Israel; especula-se que tenha havido algum tipo de acordo nesse sentido.
Volto a citar a Declaração Universal dos Direitos Humanos:
“Artigo XIX
Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras.”
O Wikileaks causou problemas ao serra ontem…
http://correiodobrasil.com.br/wikileaks-serra-ia-entregar-pre-sal-a-exploracao-norte-americana/196092/
é só ver e tirar as conclusões (NOTA DO SÍTIO – esse tema, especificamente, por sua importância, também merecerá nota, mais tarde ou, no máximo, na madrugada desta quarta-feira)
@Alarico
Alarico, em primeiro lugar é preciso dizer que não são documentos de espionagem, são documentos da diplomacia dos EUA, trocados entre si e entre eles e a diplomacia do resto do mundo. Sabemos hoje, por exemplo, que o pai e o filho da Coréia do Norte, que são contra as músicas dos EUA naquele país, pediram para que o Eric Clapton tocasse para eles.. Isso não documento de espionagem, é documento da diplomacia.
Em segundo lugar, acho que você não entendeu. Não defendi nenhum país em específico, mesmo porque vão sair cobras e lagartos de todos os países, inclusive do Brasil logo logo. É o contrário, o que eu não posso defender é roubo e invasão de privacidade. Estaria dizendo a mesma coisa se tivessem divulgado teus emails pessoais e profissionais, as tuas conversas no MSN sobre a vida dos outros, teus documentos, mostrando os teus “podres”, teus acertos e tua intimidade, se alguém os tivesse roubado e divulgado.
Estaria dizendo que não se poderia dizer que é liberdade de expressão o que teriam feito contigo, se um ladrão e um cúmplice, também descumpridor da lei, teriam-nos divulgado.
Ou você mesmo aplaudiria o ladrão e o divulgador de teus documentos pessoais e diria que é liberdade de expressão?
Espero que agora tenha entendido. Ou você é daquelas pessoas que tem opinião de certo ou errado de acordo com as tuas conveniências?
E imaginar que ainda existe alguém que defende a espionagem dos USA, além dos próprios!
Devo fazer um contraponto com relação ao papel do Wikileaks e de parte da imprensa na exposição dos documentos secretos.
Imaginem qualquer pessoa, sem autorização, entrar na casa de alguém e roubar todos os documentos pessoais, cartas, emails, etc, de décadas, e expô-las publicamente, de alguma forma.
Isso é liberdade de expressão ou roubo descarado associado com o crime de invasão de privacidade?
Da mesma forma, se os documentos pertencessem a pessoas jurídicas ou do domínio de um país, não é a mesma coisa?
Não foi o ladrão quem expôs diretamente o material, foi um terceiro, mas isso para mim nada muda, significa apenas que quem expôs é cúmplice da ladroagem, no caso o Wikileaks.
Porém, o Assange é esperto, dividiu a cumplicidade com 4 ou 5 empresas da imprensa mundial, de vários continentes, e a imprensa engoliu como patinho a isca, a ladroagem virou equivocamente um exemplo de “liberdade de expressão”.
O Wikileaks nada mais é que um canal divulgador e um motivador da continuidade de roubos de documentos, e parte da imprensa estupidamente caiu de quatro na cumplicidade da ladroagem.
O resultado está aí, um grande contrasenso, crimes foram feitos e agora são considerados atos legais ao virarem bandeira da “liberdade de expressão”.
Só gostaria se saber se a imprensa e as pessoas que apoiam o Wikileaks ficariam de braços cruzados aplaudindo a exposição dos seus documentos pessoais ou profissionais, sob pretexto de liberdade de expressão, isso eu gostaria de ver.
Jornalismo pastelão. É incorreto classificar tanto a operação Payback quanto a operação Leakspin como obra de hackers.
Qualquer pessoa sem conhecimento pode simplesmente baixar a ferramenta que eles estão usando, o Low Orbit Ion Cannon, e apontar para o site de alguma das empresas que supostamente “boicotaram” a wikileaks.
Assunto pra outro comentário é a desvirtuação do termo hacker.