LÁ DO FUNDO. O rato parido, a bronca OAB x Procon, de saída do PP, um estranho apoio, Bolso e dissidência
– É consenso (embora publicamente ninguém dirá isso): a CPI das Parcerias, que nasceu a partir de uma denúncia até bem fundamentada, com direito a video, se transformou em… nada.
– A utilização de serviços públicos para benefício privado, inclusive, com as devidas contrapartidas, acabou fortalecida, ainda que dependente de regulamentação.
– Talvez porque se imaginasse isso, há quem diga, o trabalho demorou tanto, tanto, taaaanto para ser concluído. Seria o caso de dizer, como fala a sabedoria popular, que a montanha pariu um rato.
– Não é mansa a relação, muito pelo contrário, entre o Procon Municipal e a OAB santa-mariense. Teria incluído inclusive episódio de “falta” de educação.
– Bueno, enquanto o Procon só “orientar “e não impor, no mínimo, censuras aos ataques feitos ao consumidor, afora produzir listas, nada há a estranhar. Exceto a demora para que se notasse isso.
– Uma curiosidade: o candidato santa-mariense do Pros à Assembleia Legislativa, Moacir Alves, se quiser colocar no “santinho” o seu candidato a Presidente da República poderá se constranger.
– Afinal, o discurso local é antilulista e antipetista, mas o Pros, em nível nacional, está coligado com o PT e Lula (ou o nome que for colocado no lugar dele). Que tal?
– Duas históricas figuras do PP santa-mariense estão de saída do partido.
– Uma delas é a artista plastic Marilia Chartune (na foto acima, de Reprodução/Facebook), secretária de Cultura no segundo governo de Cezar Schirmer. A outra é Ana Maria Molina, ex-integrante da equipe da então vereadora Sandra Rebelato.
– E para onde vão as duas militantes? Ao que tudo indica o MDB. Já foram sondadas e admitem conversar sobre a possibilidade.
– História estranha: o candidato a deputado federal pelo MDB, Francisco Harrisson, conta fonte graúda do partido, recebe apoio de outros concorrentes ao mesmo cargo.
– E o diabo é que o argumento faz todo o sentido: com cinco parlamentares, hoje, o pessoal teme e muito a redução do número de vagas conquistadas.
– Vai daí que é importante, para os atuais deputados emedebistas, que mais gente faça voto, ajudando a legenda.
– O problema é a criatura suplantar o criador. Aí a história deixará de ser engraçada (ou sui generis) para se tornar trágica… para os atuais deputados, ou para alguns deles, bem entendido.
– Pra fechar: Bolsonaro até poderia não querer, mas meio que se obrigou e, já na prorrogação, colocou o Hamilton Mourão, do PRTB, como vice. É a dobradinha militar.
– O mais positivo, meeesmo, é que o nome do PSL, e um dos que se coloca na dianteira das pesquisas, teve seu tempo duplicado no rádio e na televisão. Agora, contará com 14 segundos.
– Ah, e para fechar meeeesmo: Mourão esteve aqui, não faz muito, e foi festejado por pepistas. Os mesmos que, inclusive dirigentes, simplesmente se recusam a aceitar a aliança do PP com o PSDB.
– Tanto é verdade que, basta ver as redes sociais de alguns deles, para perceber que discordam da decisão partidária e vão mesmo apoiar Bolsonaro.
Procon não vai resolver aqui o que é problema em todo o país. Algo meio óbvio, não é porque existe uma repartição pública responsável por um problema que o mesmo será solucionado. Ministério Público também atua na área diga-se de passagem.
Se perguntarem aos ‘especialistas’ dirão que o Brasil tem ‘uma das mais completas e avançadas legislações consumeristas do mundo’. Pequeno detalhe é que nos outros países funciona. Aqui quase tudo, inclusive as multas, desemboca no judiciário. Outro detalhe: só porque alguém reclamou não quer dizer que ‘está com a razão’. Maioria não lê contratos, não lê instruções de uso, não lê termo de garantia e ainda por cima quer troca de produto quando é caso de conserto.
OAB já viu tempos melhores. Tenta vender uma imagem de ‘altamente republicana’ e funciona muito mais como sindicato da corporação.
Problema local não sei do que se trata. Apostaria em batalha de egos.