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ELEIÇÕES. Ninguém levará vaga à Assembleia com menos de 11 mil votos. Ou 19 mil à Câmara. E não só!

Urna Eletrônica: com menos de (aproximadamente) 11 mil votos (à Assembleia) ou 20 mil (à Câmara dos Deputados, ninguém se elege

Há quatro anos, o médico nova-pratense João Reinelli recebeu 9.098 votos e levou a última vaga de deputado estadual. Por quê? Porque a soma dos votos do seu partido, o PV, com os obtidos pelos candidatos também do PSC e PEN, que formavam a aliança “Verde Ecológica Cristã” era superior ao quociente eleitoral, então fixado em 111.078 (os votos válidos, exceto brancos, nulos e abstenção)

Pois, agora, Reinelli, nas mesmas condições, não se elegeria e esta é uma das duas interessantes novidades apresentadas pela minirreforma eleitoral aprovada ano passado. Agora, nenhum deputado se elegerá se não obtiver, no mínimo, 10% do quociente eleitoral. Isto é, mesmo ultrapassando o quociente, a aliança NÃO poderia eleger seu mais votado.

E a outra novidade? É que, mesmo sem obter o quociente eleitoral, definitas as vagas diretas, das 55 disponíveis, os partidos e alianças nessa condição podem participar do rateio das vagas sobrantes. É muito difícil obter vaga, mas deixa de ser impossível.

Exemplo concreto? É tido como muito provável que o atual suplente de deputado estadual (que concorreu há quatro anos pelo PP) Marcel Van Hatten, um dos mais luzidios nomes da direita gaúcha, poderá obter dezenas de milhares de votos pelo NOVO, seu atual partido. Não é improvável (embora não impossível) que a agremiação deixe de alcançar o quociente (a soma dos votos de todos os seus candidatos). Se isso acontecer, pelo menos o partido poderá disputar as sobras, quem sabe elegendo seu “puxador” de votos.

Ah, detalhe. Van Hatten concorre agora para a Câmara dos Deputados, em que vale exatamente o mesmo raciocíonio. Em 2014, o quociente eleitoral foi de 197.074. Nenhum partido ou coligação garante vaga sem somar esse número mínimo de votos – mas poderá disputar vagas nas sobras, se houverem. E ninguém se elege, individualmente, com menos de 19.700 votos. Se, claro, o quociente for semelhante ao de quatro anos atrás.

Diante disso, vamos combinar, parece bastante complicada a eleição de muitos santa-marienses (e Quarta Colônia). Mas não custa torcer. Abaixo, a relação dos candidatos inscritos no TSE e você pode fazer a própria conjectura. São quase 30. Quantos concorrentes têm condições de se aproximar dos mínimos 20 mil votos (Câmara dos Deputados) ou 11.100 (Assembleia Legislativa).

Candidatos à Câmara dos Deputados

Dieisson Calvano (PSD)

Francisco Harrisson (MDB)

Leonardo Klein (Novo)

Manoel Badke – Maneco (DEM)

Nathalia Ávila (Novo)

Oséas Costa (PRB)

Paulo Pimenta (PT)

Tatiane Marques (PSL)

Tiago Aires (PC do B)

Werner Rempel (PPL)

Candidatos à Assembleia Legislativa

Adão Lemos (Podemos)

Alice Carvalho (PSol)

Eloi Garay (PSL)

Fabiano Pereira (PSB)

Giuseppe Riesgo (Novo)

Jacques Eskenazi (Novo)

Jader Maretoli (PRB)

João Chaves (PSDB)

João Kaus (MDB)

Jorge Trindade – Jorjão (Rede)

Luciano Villa (PV)

Luci Duartes – Tia da Moto (PDT)

Luiz Carlos Fort (PR)

Marion Mortari (PSD) (*)

Moacir Alves (PROS)

Roberto Fantinel (PMDB)

Valdeci Oliveira (PT)

Vinicius Brasil (PSOL)

(*) O candidato do PSD teve a candidatura impugnada pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas pretende recorrer
LEIA TAMBÉM:

Novas regras afetam disputa eleitoral pelo Legislativo”, publicada originalmente na versão online do Correio do Povo (AQUI)

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