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ELEIÇÕES. Fundador do PSDB, ex-vice-governador João Gilberto Lucas Coelho abre o voto para Haddad

Natural de Quaraí, formado em Direito e com uma vida dedicada a Santa Maria, onde constituiu família e amizades, João Gilberto Lucas Coelho (foto acima) tem uma trajetória política inatacável. Aqui começou, como vereador, e cá se consagrou, eleito deputado federal, ainda pelo antigo MDB opositor da ditadura. Mais adiante, foi fundador nacional do PSDB, pelo qual também foi vice-governador do Rio Grande do Sul.

Uma profunda fé democrática e fundada coerência política o fizeram se desligar do partido tucano (e não se alinhar a qualquer outro), quando este se afastou dos princípios norteadores de seu nascimento. Pois agora, aposentado, João Gilberto se vê preocupado com os rumos da política nacional. Mas, definitivamente, não é de sua marca a omissão. “A ameaça é muito grande”, disse a este escriba. Tanto que resolveu fazer uma declaração pública de voto, no segundo turno presidencial e repassou o texto a este editor – que o conhece desde os primórdios. A seguir, sem qualquer corte, o pensamento do íntegro político saído de Santa Maria:

Declaração de Voto

Tenho graves restrições a algumas políticas e posturas do Partido dos Trabalhadores e reconheço as razões de parcelas significativas dos brasileiros que expressam rejeição ou desencanto em relação a ele.

No entanto, neste segundo turno da eleição presidencial, a outra candidatura ameaça valores fundamentais de civilização, cultura e democracia pelos quais lutei a vida toda e que foram em parte penosamente construídos pela sociedade brasileira.

Está se propondo a violentar as relações entre cidadãos, raças, etnias, grupos sociais e do Brasil com o seu meio ambiente.

Diante de tamanho risco, declaro voto e apoio crítico para Fernando Haddad e Manuela d`Ávila.”

João Gilberto Lucas Coelho

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Um Comentário

  1. As vezes não é possível ser sutil, as pessoas são capazes de não entender. Achar que a declaração de voto do sujeito (cuja existência beira o esquecimento) vai mudar a opinião de alguém é uma completa imbecilidade.
    A segunda imbecilidade é achar que a grande maioria vai votar pensando nos costumes. Partido dos Trabalhadores, mesmo com ajuda da Rede Globo, não mudou absolutamente nada depois de 14 anos no poder. Não vai ser em 4 ou 8 que as coisas irão se alterar.
    Outra imbecilidade é achar que o PSDB está com moral para apoiar alguém. Problema da merenda, Aécio que apesar de eleito sumiu, etc.
    Conclusão: o post terá o mesmo efeito da declaração de voto de Efeagá.

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