“…Há uma repercussão retroativa do exame nacional sobre a formação inicial, especialmente para modificações nos programas curriculares, nas abordagens transversais e interdisciplinares. No entanto, quando se pensa sobre o futuro das profissões no mundo, fica a indagação sobre o quanto as faculdades mudaram para ensinar os jovens de hoje.
Diante da iminência fatídica de que, em 30 anos, mais de 80% das atuais atividades profissionais deixarão de existir, pergunta-se: o que se ensina hoje com a pretensão de formar profissionais? Quanto do currículo já foi modificado, nestes últimos anos para dar conta desta conclusão? Considere-se que…”
CLIQUE AQUI para ler a íntegra da crônica “E nem…”, de Orlando Fonseca. Orlando é professor titular da UFSM – aposentado, Doutor em Teoria da Literatura, PUC-RS, e Mestre em Literatura Brasileira, UFSM. Exerceu os cargos de Secretário de Cultura na Prefeitura de Santa Maria e de Pró-Reitor de Graduação da UFSM. Escritor, tem vários livros publicados, foi cronista dos Jornais A Razão e Diário de Santa Maria. Tem vários prêmios literários, destaque para o Prêmio Adolfo Aizen, da União Brasileira de Escritores, pela novela Da noite para o dia, WS Editor; também finalista no Prêmio Açorianos, da Prefeitura de Porto Alegre, pelo mesmo livro, em 2002.
OBSERVAÇÃO DO EDITOR: a imagem que ilustra esta nota é uma reprodução de internet.
Sociedade altamente tecnológica. fato. Mas as pessoas estão cada vez mais dependentes de tecnologias que não entendem, não dominam. O risco é enorme.
Ignorando o mimimi do resto do texto, a grande verdade é a seguinte. Sem disciplina, interesse e dedicação não existe sistema de ensino que funcione. O aluno também tem que fazer a parte dele.
Todas as criticas que se faziam ao vestibular podem ser feitas ao Enem. A desculpa foi cortar custos, mas na verdade é fruto da ideologia, tudo tem que ser centralizado para a esquerda (lembrando que antes era só uma ferramenta de avaliação).
Critérios da Unesco são elaborados por burocratas com base sabe-se lá em que,
Enem teve o condão de produzir uma linha de montagem para produzir seres capazes de ….passar no Enem. Curriculo, disfarçado de multidisciplinaridade, virou um pacote de Ki-Suco para cada 1000 litros de água. Muitas instituições sérias mantem o sistema de seleção antigo e não querem saber da prova nacional.
Educação no Brasil não tem jeito no horizonte visível. Correm atrás do prejuízo há anos e não estão nem perto de alcançar centros mais desenvolvidos.
Inteligência artificial, por exemplo. Há uns 10 anos a Universidade Stanford lançou um curso multidisciplinar de graduação. Currículo tem matérias em ciência da computação, linguística, filosofia, psicologia, comunicação, estatística e educação. Estudam a inteligência humana, a inteligência artificial e a interação entre humanos e máquinas. Massachusetts Institute of Technology está investindo numa faculdade nova, ciência da computação com ênfase em IA. Orçamento inicial de um bilhão de dólares. Obvio que o Brasil não esta parado na área, mas não tem nada comparado com isto. Esforços iguais aos dos americanos existem na Europa, na India, na China, no Japão.