Meio AmbientePolítica

É CRIME. Barragem da Vale rompe em Minas Gerais e provoca novo desastre ambiental: 200 desaparecidos

Ao menos 300 funcionários da Vale atuavam no local quando ocorreu o rompimento da barragem na Mina Feijão, desativada desde 2015

No jornal EL PAÍS, com texto de HELOÍSA MENDONÇA e MARINA NOVAIS, com foto de Divulgação

Uma barragem da mineradora Vale rompeu no início da tarde desta sexta-feira em Brumadinho, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais, causando uma avalanche de lama e rejeitos de minério de ferro que soterrou parte da comunidade da Vila Ferteco, área rural do município. Segundo a Vale, ao menos 300 funcionários atuavam no local no momento quando ocorreu o rompimento da barragem na Mina Feijão, que estava desativada desde 2015. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado trabalham na busca e resgate de feridos e fale em mais de 200 desaparecidos, mas até o início da noite não havia confirmado o número de vítimas nem se há mortos no local. O novo desastre ambiental com uma barragem da mineradora Vale ocorre pouco mais de três anos após a tragédia de Mariana.

O presidente Jair Bolsonaro lamentou o ocorrido por meio de notas em suas redes sociais. “Nossa maior preocupação neste momento é atender eventuais vítimas desta grave tragédia”, afirmou. O Governo ativou um gabinete de crise, coordenado pelos ministérios do Desenvolvimento Regional e do Meio Ambiente. O presidente irá ao local do desastre neste sábado, 26 de janeiro.

A Vale acionou o Corpo de Bombeiros e ativou o seu Plano de Atendimento a Emergências para Barragens.  “A prioridade total da Vale, neste momento, é preservar e proteger a vida de empregados e de integrantes da comunidade”, disse a empresa em nota. A tragédia ambiental de Brumadinho fez cair em 8% as ações da mineradora na Bolsa de Nova York nesta sexta-feira.

Por volta das 13h30, a Prefeitura de Brumadinho alertou em suas redes sociais para a população da cidade manter distância do leito do Rio Paraopeba. A reportagem, que tenta chegar ao local, encontrou vários acessos fechados.

Já o Instituto Inhotim, o museu a céu aberto de arte contemporânea localizado em Brumadinho, informou através de suas redes sociais que o parque foi esvaziado por precaução. “Devido ao rompimento da barragem em Brumadinho (MG), o Instituto Inhotim comunica que realizou o esvaziamento da área de visitação do Museu. Todos os funcionários e visitantes foram orientados a deixar o local, conforme recomendação da Polícia Civil.”, completou o Instituto, em nota divulgada às 15h30. Inhotim é um dos principais destinos turísticos do Estado de Minas Gerais e recebe milhares de turistas todos os meses.

Também através de uma nota, o Ministério do Desenvolvimento Regional informou que está “monitorando e em contato constante com as equipes de Defesa Civil”.

O rompimento da barragem da Vale em Brumadinho acontece três anos após o desastre de Mariana, a maior tragédia ambiental do Brasil, que aconteceu em novembro de 2015. Na ocasião, a barragem de Fundão, da Samarco (propriedade da Vale e da BHP), se rompeu, matando 19 pessoas e provocou um tsunami de lama que avançou sobre a bacia do rio Doce até chegar ao litoral do Espírito Santo.

PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

CONFIRA A COBERTURA DO CRIME AMBIENTAL PELO ‘EL PAÍS’ EM TEMPO REAL: AQUI.

Artigos relacionados

ATENÇÃO


1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.

2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.

3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.

4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.

5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.


OBSERVAÇÃO FINAL:


A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.

Um Comentário

  1. Dentre todos os ‘especialistas’ que falaram sobre o assunto, biólogas da área de gestão hídrica, pessoal da gestão de risco, gestores ambientais, André ‘dono da verdade’ Trigueiro, o mais racional foi um professor de engenharia que falou na Band News. As barragens não precisavam existir. Rejeito poderia ser tratado e transformado em cimento, sílica e pigmento. Utilização na construção civil. Ou poderia ser tratado e utilizado na estabilização do leito de estradas vicinais. Existe tecnologia nacional e patentes nesta área.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo