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CIDADANIA. Em resposta a manifestações na UFSM, um ato antirracista é convocado para hoje, no Campus

Professor Dartanhan Figueiredo fará exposição de fotos junto à Biblioteca Central e é uma das atividades previstas contra o racismo

Por LUCAS REINEHR (com foto do Dartanhan Baldez Figueiredo), da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

Nesta quinta-feira, 2 de maio, haverá um ato antirracista em frente à Biblioteca Central da UFSM. A atividade terá início às 11h e foi convocada pelo Coletivo Dandaras de Mulheres Negras, com apoio do Coletivo Afronta, a Coordenadoria de Ações Educacionais (Caed), o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab) e o Diretório Central de Estudantes (DCE).

A ação vem como resposta do movimento negro da universidade aos ataques ocorridos na última quarta-feira, 24 de abril, quando foram escritas frases racistas no banheiro feminino da Biblioteca Central.  De acordo com Katieli Soares, integrante do coletivo e estudante de Produção Editorial na UFSM, a atividade contará com intervenções artísticas e falas em repúdio aos casos de racismo. Além disso, também será colocada no local uma exposição de fotos de Dartanhan Baldez Figueiredo, que ficará exposta por cerca de 15 dias. O coletivo também pedirá autorização para fazer um muralismo antirracista na Biblioteca Central.

Katieli afirma que o coletivo pensa em promover mais ações, ao longo do semestre, com o intuito de trazer discussões acerca dos casos ocorridos e repudiar o racismo na universidade. “Vamos cobrar posicionamento da reitoria, além do que eles colocaram na nota. Não queremos só a nota, queremos muito mais. Além de pedir as reivindicações da reitoria, vamos cobrar também que seja espalhada pelo campus a legislação que fala sobre a criminalização do racismo, para que as pessoas que fizeram isso saibam que não vai ficar impune”, colocou a estudante. Katieli disse, também, que o coletivo, em conjunto com outros grupos e organizações, reivindicará uma comissão específica formada por pessoas negras para avaliação dos casos de racismo, que também deverá servir para divulgar outros casos de racismo que ocorram fora da UFSM.

Para a estudante e militante do Movimento Negro, além de preocupantes, os repetidos casos de racismo – o primeiro foi em 2017 – na UFSM são um reflexo da conjuntura que vivemos. “Por termos no governo um presidente que aprova esse tipo de atitude, um governo que barra uma campanha que mostra a diversidade no Brasil, as pessoas se sentem muito mais à vontade para fazer esse tipo de coisa”, criticou Katieli.

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