Por FRITZ R. NUNES (com informações da UFSM/Andes-SN/APG e foto de Divulgação), da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM
Num balanço inicial realizado nesta quinta, dia 9, pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPGP) da UFSM, a instituição está perdendo de imediato um total de 27 bolsas, sendo 13 de mestrado, 13 de doutorado, e uma de pós-doutorado. O corte, que atingiu todas as universidades, e todas as áreas do conhecimento de forma indiscriminada, é resultado de uma medida anunciada na última quarta (8), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão vinculado ao MEC, de recolhimento das cotas de bolsas não utilizadas no mês de abril, por suposta “falta de uso”.
A medida, que foi efetuada sem qualquer consulta às universidades e aos institutos federais, tem seu argumento central contestado pela gestão da UFSM. Conforme nota divulgada pelo gabinete do reitor Paulo Burmann, no início da noite desta quinta, as bolsas cortadas por estarem “ociosas” na verdade referiam-se às cotas recentemente liberadas, após as defesas de teses e dissertações, e que seriam repassadas a novos estudantes. Esclarece ainda a gestão da UFSM que a instituição também tinha planos de remanejar algumas dessas bolsas para novos cursos de mestrado e doutorado da Instituição.
Conforme publicado no site do Sindicato Nacional dos Docentes (ANDES-SN), foram recolhidas pela Capes as bolsas dos seguintes programas: Programa de Demanda Social (DS); Programa de Excelência Acadêmica (PROEX); Programa de Suporte à Pós-graduação de Instituições Comunitárias de Ensino Superior (PROSUC); Programa de Suporte à Pós-Graduação de Instituições de Ensino Particulares (PROSUP) e o Programa Nacional de Pós-doutorado (PNPD/CAPES).
Orçamento cortado em 22%
Segundo a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), o contingenciamento do governo federal atinge em 22% o orçamento da CAPES, que é responsável por cerca de 80% das bolsas de estudo nacionais. Os cortes de bolsas não atingem apenas os estudantes da rede federal, mas também estudantes de universidades estaduais, municipais e de instituições privadas. A ANPG tenta reverter os cortes na justiça, junto a outras entidades estudantis.
UFSM
Na nota pública divulgada pela reitoria da UFSM é informado que a PRPGP está em constante contato com os órgãos de fomento e com a Capes, especialmente, para obter esclarecimentos, e que novas informações podem surgir a qualquer momento. A universidade informa ainda que, na instituição, os cursos de mestrado possuem 2.222 estudantes, os de doutorado 1.709 acadêmicos, e mais 122 em pós-doutoramento. Após esse corte, a instituição segue com 672 bolsas de mestrado e 470 de doutorado, concedidas pela Capes.
Confira a íntegra da nota da Reitoria da UFSM.
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Remanejar bolsas dentro da própria instituição é para dar risada. Reverter cortes na justiça idem.