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LÁ DO FUNDO. Vargas e o problemão, desistência a caminho, forrobodó emedebista, PT e a paz do silêncio

Por CLAUDEMIR PEREIRA (com imagens de Reprodução/Facebook), Editor do Site

– Cezar Schirmer (foto acima), ex-prefeito e ex-secretário estadual de Segurança Pública, é mesmo carta fora do baralho político de Santa Maria de uma forma geral e, muito particularmente, do MDB.

– É o que indica MATÉRIA da colega Taline Oppitz, na edição de final de semana do Correio do Povo. Ela revela que Schirmer já transferiu seu domicílio eleitoral para Porto Alegre.

– Mais: a jornalista informa que Schirmer, juntamente com o deputado (e favorito) Sebastião Mello, está na lista de possíveis concorrentes emedebistas à prefeitura da capital.

– Essa circunstância, que não chega a  ser exatamente uma surpresa, eis que especulada há alguns meses, cologa mais lenha na fogueira emedebista santa-mariense.

– Afinal, gostem ou não os adeptos, no MDB, do governo municipal e de uma aliança com Jorge Pozzobom, a situação tende a ser bastante brigada internamente.

– A informação, dada em absoluta primeira mão aqui no site, da reunião com graúdos e históricos militantes, na semana retrasada, é de que haverá muuuita discussão, até que se chegue a um acordo mínimo. Se é que ele será possível.

– No início do ano, o governo de Jorge Pozzobom conseguiu conter o descontentamento de João Ricardo Vargas, que se sentia desprestigiado.

– O descontentamento do vereador, que teve o pedido de demissão então revertido, ia, ainda que ele possa negar, de questões locais até à relação com o Governo do Estado recém-instalado.

– O fato é que a situação não mudou. Ao menos na cabeça dele. Com o que, como antecipou o repórter Maiquel Rosauro na madrugada passada, Vargas pediu o boné, agora sem retorno.

– A saída do secretário João Ricardo Vargas cria dois grandes problemas para o governo municipal, ninguém duvida. E ambos de tamanho semelhante.

– Um deles é a sensível área de Mobilidade Urbana, que muito toca a população da cidade. E que requer, de preferência, alguém com conhecimento mínimo da área e habilidade política.

– E o outro é o que fazer com André Domingues. Afinal, o suplente agora volta à suplência, com o retorno de Vargas.  E se trata de um dos mais fieis aliados de Jorge Pozzobom. Pooois é.

– O delegado Marcelo Arigony, que aspirava a ser, e muitos imaginavam que isso pudesse se concretizar, está em vias de desistir de qualquer pretensão política.

– Ao escriba ele revelou que, se a decisão tivesse que ser tomada hoje, ele cairia fora. Definitivamente, Arigony (foto ao lado) não gostou do rumo que algumas articulações tomaram.

– Ele não revela, mas também não nega, que questões postas como bastante possíveis, viáveis e até com um caminho já percorrido, de repente se modificaram. E a decepção é facilmente perceptível.

– Para fechar: é bastante evidente que se consolida a decisão bancada pelos principais nomes do petismo (leia-se Paulo Pimenta e Valdeci Oliveira) de que o edil Luciano Zanini Guerra seja o nome da sigla à Prefeitura.

– Mas isso não significa que o forrobodó verbal ocorrido há 10 dias, na reunião do Diretório ampliado do PT, com localizadas discordâncias acerca da decisão, tenham já sido cicatrizadas.

– O que ocorre, como já se repetiu em outras ocasiões, num passado nem tão remoto assim, é um chamado “silêncio obsequioso”. Concordância? Só na hora da campanha eleitoral. Será? Bueno…

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4 Comentários

  1. O que fazer com André Domingues? O cara é professor de sucesso, tem emprego e renda.
    Irão achar o que ele pode fazer.

  2. Problemas de Vargas são de Vargas, ninguém obrigou ele a ir para a secretaria.
    Mobilidade urbana é transporte público e transito. No primeiro caso sempre reclamarão da qualidade e do preço, todos querem limusines, preferencialmente de graça. No segundo é pior, todo e qualquer mané acha que entende do assunto, ninguém dá muita bola para os técnicos. Alguns ficam dando sugestões para tornar mais rápido o caminho que fazem todos os dias. Outros acreditam que melhorias pontuais resolvem o problema todo, quando na verdade só estão mudando a encrenca para outro lugar. Soluções muitas vezes são contraintuitivas, para deslocamento mais rápido é necessário pegar um caminho mais longo por exemplo.
    Não creu neu, se finou-se.
    Nada impede que o PT entre com o vice numa eventual composição de chapa. Porque se forem para cabeça e não chegarem no segundo turno é derrota histórica.

  3. Schirmer concorreu a prefeitura de POA em 92. Foi derrotado em segundo turno por Tarso, o intelectual. Detalhe, era uma coligação PMDB e PCdoB. O que favorece de certa forma, tendo ou não relação com o trabalho do mesmo, são os números da Secretaria de Segurança.
    Mello tem o carisma de uma tigela de mingau de aveia.
    POA, se não me engano, foi a primeira capital conquistada pelo PT. Não vai nem para o segundo turno ultimamente. Um grupo de pés de eucalipto, dois ou três vereadores conhecidos com rejeição lá em cima.
    Marchezan foi pedra bastante tempo, agora é vidraça. O ano da eleição é justamente o primeiro com carnes do IPTU reajustado.

  4. Com relação ao Cezar Schirmer, a Taline choveu no molhado, pois ele carregará o “estigma” da Kiss por um bom tempo e não é necessário citar os motivos. A mudança do domicilio eleitoral dele, para a Capital, não surpreende. Era o que se esperava que ele fosse fazer depois do desgaste da sua imagem. Ele sabe que não foi um bom prefeito em Santa Maria. Em Porto Alegre, as chances dele concorrer á prefeito são mínimas, diante do elenco já existente. E além disto, não seria uma opção inteligente, á não ser para cumprir tabela vislumbrando alianças num possível segundo turno. Além do mais, o atual Prefeito de Porto Alegre que vem fazendo uma administração desastrosa, sucede um prefeito que usufruirá daquilo que o vitimou. Ou seja, a rejeição que Sebastião Mello sofreu nas ultimas eleições, se voltará desta vez, contra o antes beneficiado Marchezan. por isto que Schirmer só vai perder tempo tentando entrar nesta briga de cachorro grande. O pior é que o próprio MDB, sutilmente já o descarta.
    Quanto ao PT, que tambem tem sua imagem bastante desgastada, sabe que precisa de um nome forte e por incrível que pareça, desvinculado da ala moderna e progressista do partido, para tentar fazer frente á certos candidatos em Santa Maria.Nos dois casos valem dois ditados antigos: “Não se gasta chumbo grosso em Ximango” e “Me diz com quem andas, que eu te direi quem és”.

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