BASTIDORES. Tumulto, acusações, polícia… Confira tudo que rolou na aprovação de moção pró-Bolsonaro
Por MAIQUEL ROSAURO (texto e foto), da Equipe do Site
A história se repete. Em junho de 1993, o então deputado federal Jair Bolsonaro desembarcava em Santa Maria pela primeira vez como visitante ilustre. Porém, dias depois, acabou recebendo dos vereadores o indesejável título de persona non grata (AQUI). Nessa quinta-feira (13), 26 anos depois, o Parlamento registrou uma nova polêmica relacionada a Bolsonaro, desta vez motivada pela defesa de uma moção que iniciou em Plenário e terminou na Polícia.
Por 12 votos a cinco, os parlamentares aprovaram uma moção de apoio, ao agora presidente Bolsonaro, por suas ações contra a corrupção. O autor da proposta foi o vereador João Ricardo Vargas (PSDB).
Nas galerias da Casa, militantes de direita e esquerda marcaram presença e fizeram barulho. Ao final, um grupo comemorou e outro protestou.
Segurança reforçada
Às 15h35min, em frente Parlamento, havia três veículos da Guarda Municipal e um do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar. Ao chegar ao saguão de entrada da Casa do Povo, os cidadãos precisavam se identificar e, em seguida, recebiam um ingresso autorizando a entrada nas galerias. Enquanto os favoráveis à moção eram direcionados para o lado direito (no sentido de quem entra no Plenário), os contrários ficavam à esquerda.
Ao repórter, uma senhora disse que se sentiu constrangida ao chegar ao Legislativo, uma vez que tal procedimento não havia sido comunicado com antecedência pelo Parlamento. De qualquer forma, a precaução da Mesa Diretora se mostrou coerente, já que o clima não demorou a esquentar.
Lideranças presentes
Nas galerias, apoiadores de Bolsonaro vestiam camisetas amarelas e exibiam faixas de apoio ao presidente e ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. Entre as principais lideranças presentes, estavam o presidente do PSL/SM, Patric Arendt Lüderitz; a ex-candidata a deputada federal, Tatiane Marques (PSL); o presidente do PP/SM, Mauro Bakof; e o coordenador do movimento Consciência Brasil Santa Maria, Beto Rossi.
Os contrários à moção usavam camisetas de sindicatos e de entidades, como, por exemplo, DCE/UFSM, ou bonés com o símbolo da CUT. Entre as principais lideranças, estavam a presidente do PT/SM, Helen Cabral; o presidente do PCdoB/SM, Alidio da Luz; o diretor do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Rafael Torres; a coordenadora de Organização e Patrimônio do Sinprosm, Martha Najar; e coordenador geral do DCE/UFSM, Rodrigo Poletto.
E a educação?
Faltou respeito de ambos os lados ao trabalho dos vereadores. João Ricardo Vargas foi interrompido inúmeras vezes, enquanto defendia a moção, com gritos vindos das galerias. O mesmo ocorreu em alguns momentos quando o líder da bancada do PT, Valdir Oliveira, fez a discussão contrária na tribuna.
Tumulto
A pedido de João Ricardo Vargas, a votação ocorreu de forma nominal, no microfone de aparte. Pouco após ter votado, Admar Pozzobom (PSDB) saiu furioso de sua bancada e avançou em direção aos manifestantes contrários à moção. Seguranças da Casa e guardas municipais agiram rápido e contiveram tanto o vereador quanto o público.
Confira a confusão no vídeo:
Polêmica antiga
Após a votação, o site conversou com Admar. Ele disse que se dirigiu até as galerias para tirar satisfações com uma senhora.
“Ela falou que eu furei fila no HUSM. Vamos identificar e vou meter um processo nela”, disse Admar.
O parlamentar referia-se à cirurgia de apendicite realizada em um de seus filhos, em fevereiro de 2017, no HUSM. O fato gerou polêmica uma vez que o rapaz chegou ao Pronto Socorro do HUSM com uma requisição de um plano privado. Ou seja, sem qualquer encaminhamento da rede pública hospitalar.
A senhora do caso é a militante petista Gladis Delgado. Após a sessão, ela registrou ocorrência (na foto acima, de Divulgação, com militantes e o registro em mãos) na Delegacia do Idoso contra Admar por “agressão verbal, intimidação, assédio e constrangimento”.
Votos a favor da moção
Adelar Vargas – Bolinha (MDB), Admar Pozzobom (PSDB), Alexandre Vargas (PRB), Cezar Gehm (MDB), Deili Silva (PTB), João Ricardo Vargas (PSDB), Juliano Soares – Juba (PSDB), Leopoldo Ochulaki – Alemão do Gás (PSB), Lorena Santos (PSDB), Manoel Badke – Maneco (DEM), Ovidio Mayer (PTB) e Vanderlei Araujo (PP).
Votos contra
Celita da Silva (PT), Daniel Diniz (PT), Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), Luciano Guerra (PT) e Valdir Oliveira (PT).
Vereadores ausentes
João Kaus (MDB), Jorge Trindade – Jorjão (Rede) e Marion Mortari (PSD).
Não votou
Cida Brizola (PP), presidente da Casa, votaria apenas em caso de empate.
Esquerdista não respeita ninguém, existe apenas para tumultuar, se,acham os donos do mundo, gentalha da pior estirpe.
Era de se esperar.
Claudemir j
É uma vergonha a esquerda utilizar o parlamento como palco de comício, arregimentando apoiadores. A casa do povo é um lugar de tradição, onde deve ser praticado o respeito, a boa oratória e a conduta exemplar. Aliás, estamos aguardando que os partidos que se dizem representar os movimentos sociais peçam desculpas pelas atrocidades que cometeram ao povo brasileiro
O caso todo lembra uma comédia romântica escrita por Cheikespirro: muito barulho por nada.
Mas que feio Vereador…perder a compostura…logo o Senhor que é irmão do Prefeito ….O cara se mata lá no paço municipal e aqui fora tu só da murro em ponta de faca.