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NOVO ESTILO. Sai o trator, entra o conciliador. O jeito Aécio de ser oposição

Já anotei aqui (alguns poderiam dizer que há queixa, mas isso já não existe mais) a inexistência de oposição política em Santa Maria. Ela desapareceu do Legislativo, se é que algum dia apareceu por lá. O que é ruim para a democracia, pois incentiva a autocracia – da qual, mais dia, menos dias, a sociedade se arrepende.

Mas, atenção, oposição ideológica e que argumente, e não a que apenas grita e esperneia – como Santa Maria assistiu não faz tantos anos assim. O contraditório é fundamental. E isso sumiu da comuna, com raríssimas exceções. Tão raras que não lembro de uma sequer, na boca do monte.

Deixando a paróquia, vamos à metrópole. Em Brasília, até dias atrás, o sinônimo de oposição era a truculência verbal. Foi mandada embora pra casa pelo eleitorado (como haverá de acontecer por aqui também, em algum momento). E entrou outro tipo de político. Não sei se mais eficiente, porque disso o futuro tratará. Mas, por certo, mais civilizada e adequada à convivência política.

Me refiro especificamente a Aécio Neves, senador mineiro eleito em outubro. Confira material publicado pelo portal iG e, depois, force um pouco a memória e compare com o jeito de opor-se, por exemplo, de Arthur Virgílio, do mesmo PSDB, e dos quais os amazonenses (e os brasileiros) se desfizeram politicamente em 2010. Notará fácil a diferença. Para melhor. A reportagem é de Adriano Ceolin. A seguir:

“Vou guardar meus aplausos”, diz Aécio sobre fala de Dilma

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou o discurso da presidenta Dilma Rousseff na apresentação da “Mensagem ao Congresso” nesta quarta-feira. “É um conjunto de boas intenções. Vou guardar meus aplausos para quando as medidas foram implementadas”, afirmou o tucano, apontado como potencial candidato a presidente em 2014.

Apesar das críticas, Aécio afirmou que “nas questões de Estado” a oposição poderá atuar em parceria com o governo Dilma. “Principalmente no que diz respeito a reformas, é preciso que haja iniciativa (do governo) de propô-las. É necessário que ela (Dilma) organize a base (governista) dela para votar, já que é uma base altamente majoritária”, afirmou.

Aécio assistiu ao discurso de Dilma em pé no meio do plenário da Câmara. “É a primeira vez que venho aqui desde que deixei a presidência”, lembrou o tucano, que comandou a Casa entre 2001 e 2002, quando disputou pela primeira o governo de Minas Gerais. Em 2006, foi reeleito para o mesmo cargo e consolidou-se como nome da oposição…”

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Um Comentário

  1. O blogueiro militante (assim como a Veja é chamada de “ex-revista”, o blogueiro aos poucos está se tornando um “ex-jornalista”) afirma:
    “Em Brasília, até dias atrás, o sinônimo de oposição era a truculência verbal”.

    Sem discordar, me dou o direito de fazer uma perguntinha impertinente (ou nem tanto):

    A afirmação vale também para os tempos que Lula chamava os Sarney (hoje seus melhores amigos) de descarados e mentirosos (vide http://www.youtube.com/watch?v=M3ituI8y5qg&feature=related)?
    Vale para os tempos que Lula chamava Collor (atualmente seu dileto amigo) de quadrilheiro, débil mental e ladrão (http://www.youtube.com/watch?v=A5CBVgWSaBU)?
    Vale para os discursos-TPM da sempre raivosa Ideli Salvatti?
    Vale para as choradeiras ressentidas de Maria do Rosário, com sua eterna cara de mártir?
    Vale para a verborragia (hoje sumida) de José Genoíno contra a Constituição de 88?
    Vale para os destemperos de José Dirceu na tribuna da Câmara contra o Plano Real?

    Se não valer para todos estes (e outros de menor importância, já apagados da memória), então, não houve oposição raivosa “nunca antes na história deste país”…

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