Por GUILHERME SUPERTI, ALAM CARRION e WANDER SCHLOTTFELDT, com foto de Allan Carrion (*)
Professor Leonardo Colvero, um nome de grande relevância e que merece destaque no futsal de Santa Maria e do Rio Grande do Sul. Com 74 anos, o ex-treinador ainda guarda em sua memória diversas histórias e acontecimentos que viveu em seus mais de 40 anos como comandante de equipes profissionais pelos campos e quadras.
Passou por diversas equipes no Estado, deixando sua marca em cada lugar e cidade que trabalhou. Lembrado por seu profissionalismo, dedicação e principalmente amor ao esporte, conquistou diversos títulos e acumulou boas campanhas ao passar dos anos. Mas engana-se quem acha que Leonardo já começou no antigo futebol de salão. Sua trajetória começa nos gramados, como jogador e, posteriormente, treinador.
Na primeira experiência no comando de uma equipe de futebol, Leonardo Colvero tinha apenas 22 anos. Foi na categoria juvenil do Riograndense Futebol Clube, tradicional equipe santa-mariense, que Leonardo deu os primeiros passos. O primeiro trabalho ocorreu em 1976. No ano de 1978, ele assumiu o Internacional de Santa Maria.
Leonardo Colvero ganhou gosto pelo futebol de salão no início da década de 80, e, em 1984, acabou trocando o campo pelo ginásio. Começou treinando a equipe de Alvorada, de Santa Maria. Ele lembra que, na época, sua equipe era a melhor equipe “das outras”, pois considerava os times do Veículos Pozzobon e da Brahma acima da média, com mais estrutura e investimentos.
No ano de 1986, Leonardo assumiu a equipe do Veículos Pozzobon, ganhando grande destaque no âmbito estadual. Nos 3 anos em que ficou à frente da equipe, Colvero garantiu o 4º, 3º e o 2º lugares nos anos de 86, 87 e 88, deixando sua marca na equipe. O time não seguiu com os trabalhos no ano de 1989.
Após ficar um ano fora das quadras, Leonardo Colvero assumiu a equipe das Dores/Bambino. Motivado pelo seu último trabalho, Leonardo buscou os jogadores que comandou na equipe do Veículos Pozzobon, garantindo assim um elenco forte, comprometido e que entendia o jeito do treinador. Uma marca que o treinador faz questão de lembrar é de uma sequência de 30 jogos invictos com a equipe.
Quando questionado a respeito do que o motivava e o faz amar o futebol de salão, Leonardo responde que, na época em que era treinador, as mudanças nas regras do esporte foram fundamentais para a manutenção do mesmo. O início dos anos 90 foi um divisor de águas na modalidade, que inclusive trocou de nome, passando a ser chamada como conhecemos hoje, de futsal.
O objetivo foi deixar o esporte ainda mais atraente, ágil e dinâmico, agradando ainda mais os jogadores, comissões técnicas e torcedores. Leonardo destaca que as mudanças ocorreram desde a regra número um, com o aumento nas dimensões da quadra de jogo até a regra 18, com o arremesso de canto sendo cobrado com os pés. Vale destacar também a utilização do tiro livre sem barreira após a 6ª falta coletiva, cobrado a 12 metros de distância.
Mas não para por aí. Leonardo também destaca a alteração no número de substituições, passando de 7, 10, 12 e, por fim, a serem ilimitadas durante a partida sem a necessidade da paralisação do jogo. A bola também não escapou das mudanças, sofrendo alterações no seu material, peso e dimensões.
Enquanto o futsal se modificava, Leonardo Colvero seguia sua carreira de treinador e aperfeiçoando seus trabalhos. No final da década de 90, assumiu a equipe do Jobi, umas das mais promissoras do Estado. No ano de 1997, Leonardo colocou a equipe da Jobi como umas das 8 melhores do Rio Grande do Sul. Por problemas envolvendo a diretoria, no ano seguinte, Leonardo trocou de equipe e assumiu a Associação Esportiva Sobradinho, por qual ainda tem grande carinho e prestígio.
Além de diversos campeonatos citadinos por todo o Estado, o grande feito na carreira do treinador santa-mariense foi o título estadual da categoria juvenil com a equipe da AABB/Corintians em 2004. A final foi disputada contra a favorita Semeato, da cidade de Passo Fundo. Além de levantar o caneco, Leonardo considera que este título mostrou para o Estado que Santa Maria, além de possuir boas equipes, também tinha a capacidade de formar grandes atletas.
No final de 2014, Leonardo Colvero abandonou as quadras para descansar e cuidar da família. Quando questionado sobre a vontade de retornar às quadras, o professor comenta que recebe muitos convites, tanto de equipes locais quanto de outras cidades. Segundo ele, o mercado sempre estará aberto em algumas cidades, seja pelos dirigentes conhecerem seus antigos trabalhos, seja por atletas e comissões que o conhecem e o indicam.
Para finalizar, ele conta que não deixa de colaborar com seu filho, Sandro Colvero, que treinou a Associação Esportiva Uruguaianense de Futsal em 2019, na Liga Gaúcha. Leonardo comenta que Sandro começou como seu auxiliar no início dos anos 2000 e 2001, mas que atualmente ele mais aprende com o filho do que passa ensinamentos.
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(*) Reportagem produzida na disciplina de Jornalismo Esportivo sob orientação do professor e jornalista Gilson Piber, publicada originalmente pela CentralSul Agência de Notícias, da Universidade Franciscana (UFN)
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