ELEIÇÕES 2020. PSL/SM se reorganiza e manda o recado: será uma alternativa a Pozzobom e ao PT
Por Maiquel Rosauro
O partido mais desejado da cidade começa 2020 repaginado. Após sofrer um baque com a desfiliação do presidente Jair Bolsonaro, o PSL/SM arrumou a casa no fim de ano e agora prepara-se para vir com força para o pleito de outubro. A legenda articula sua presença na eleição majoritária.
O advogado e ex-candidato a deputado estadual pelo PSL, Eloi Irigaray, confirmou na sexta-feira (10) que foi reconduzido à presidência municipal da sigla (a gestão anterior foi finalizada em 16 de dezembro). A nova comissão provisória ficará no cargo por seis meses, mas é bem provável que no meio do ano seja reempossada para o segundo semestre.
Conforme Irigaray, a meta agora é conduzir a legenda para as eleições.
“Já recebi todos os partidos de direita e temos uma grande possibilidade de fazer uma composição que não é do Jorge (Jorge Pozzobom, PSDB, atual prefeito) e não é do PT. Trata-se de uma terceira via que está nascendo em Santa Maria”, explica.
O presidente relata que o PSL deverá ir para o pleito com candidato próprio. Há três nomes que despontam para concorrer, sendo que um deles é uma mulher. Porém, Irigaray guarda a sete chaves os nomes dos prefeituráveis.
Bolsonaro
Desde que Bolsonaro deixou o PSL, apoiadores do presidente por todo o Brasil têm se desfiliado da sigla e, hoje, se mobilizam para criar o Aliança pelo Brasil. Inclusive em Santa Maria, ex-lideranças do PSL/SM atuam em busca de assinaturas para fundar a legenda.
Irigaray diz respeitar a decisão daqueles que deixaram o partido e salienta que o PSL manterá os ideais do presidente da República, sendo conservador nos costumes e liberal na economia.
“O PSL continua firme junto do Bolsonaro. Nenhum deputado deixou o partido e, inclusive, o filho do presidente (Eduardo Bolsonaro) é o líder do PSL na Câmara dos Deputados”, avalia Irigaray.
Fundo eleitoral
Em relação às coligações, o PSL não deverá ter dificuldade em formar alianças para a majoritária. A sigla é desejada por todos os partidos de direita, pois possui o maior espaço na TV e será abastecida com uma recheada verba do fundo eleitoral que será disponibilizado na campanha.
O fundo eleitoral é alimentado com dinheiro do Tesouro e se destina a financiar gastos das campanhas, como viagens, cabos eleitorais e material de divulgação. A partilha é proporcional ao número de votos obtidos pela legendas na eleição para a Câmara dos Deputados.
Aprovado pelo Congresso no fim do ano passado, mas ainda não sancionado por Bolsonaro, o fundo eleitoral distribuirá R$ 2 bilhões. Por possuírem as maiores bancadas na Câmara dos Deputados, PT e PSL serão os principais beneficiados. Cada um deve receber mais de R$ 202,2 milhões.
Terceira via não diria, terceira divisão seria mais apropriado. Tem Fabiano na frente, tem Capincho, tem o Pastor…
Qualquer nó cego sabe que os deputados não abandonaram o PSL para não perderem o mandato.
PSL bivarista tentar utilizar o nome do B38 não é surpresa. Uma coisa é certa, Bibo Nunes está do lado B38 e é adversário figadal de Ruy Irigaray, alás, não seria surpresa se os dois nomes mencionados não pleiteassem a prefeitura de POA na eleição vindoura.
Resumo da ópera: o que é dito tem que ‘fechar’ com o que é visto. Não adianta dizer que elefante voa porque isto só acontece em desenho da Disney.