LÁ DO FUNDO. Marielle e os psolistas, a dobradinha Luciano e Marion, liberais cobiçados, o silêncio tucano
Por CLAUDEMIR PEREIRA (com fotos de Reprodução), Editor do Site
– O PSOL/SM organiza ação no próximo sábado, na Praça Saldanha Marinho. Os psolistas, que fazem o convite pelo Facebook, o batizaram “Justiça para Marielle e Anderson – dois anos sem resposta”.
– A ideia do partido da Esquerda-Esquerda santa-mariense é não esquecer do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes.
– Claro que isso significa buscar respostas a duas perguntas: quem os matou? E por quê? Ah, a atividade acontece a partir das 4 da tarde.
– Fica cada vez mais claro que Marion Mortari, do PSD, será o parceiro do também vereador Luciano Guerra, e, portanto, candidato a vice-prefeito em outubro, numa aliança com o PT.
– A dupla Guerra/Mortari, e militantes das duas agremiações, teve atividade conjunta também neste último final de semana.
– Ambos, no centro da imagem acima, participaram de incursão pela Vila Lorenzi, uma das maiores de Santa Maria e, conforme registro nas redes sociais, parte da “região sul abandonada”.
– Como já se especulava, o Republicanos fez uma grande demonstração de força, na noite de sexta-feira, na Câmara de Vereadores, ao lançar a pré-candidatura a prefeito de Jader Maretoli.
– Ao evento, que também marcou o pré-lançamento de nomes para o Legislativo, compareceram pesos pesados estaduais do partido, além do líder local (e candidato à reeleição), vereador Alexandre Vargas.
– A ideia, claro, é competir para valer, tornando Maretoli mais que só nome “evangélico”, o que lhe garantiu significativo quarto lugar em 2016, à frente de grandões da política local.
– É verdade que o troféu maior, a adesão do tucano João Ricardo Vargas, embora previamente acertada pelos líderes do Partido Liberal (PL), não aconteceu. E talvez até não ocorra.
– Mas é fato que o PL parece ser uma agremiação bastante cobiçada pelos que buscam votos pelo centro e pelo canto direito do ringue eleitoral.
– É o que explica, certamente, a presença de figuras como os emedebistas Francisco Harrison, Tubias Kalil (voltou à ativa política?) e Cezar Gehm, do MDB.
– Mas não apenas eles. Paulo Brandt e Tatiane Marques, figuras ilustres do PSL, outrora o partido de Jair Bolsonaro, também prestigiaram o ato da noite de sexta.
– O que era, é preciso dizer, para ser a chegada em grande estilo do (ainda) tucano Vargas, acabou por se transformar, também, na noite em que asssumiram outras lideranças em setores específicos do PL.
– Também se tornaram presidente do PL Mulher a professora Márcia Teston e do PL Mulher Jovem a advogada Mônica Paz. Ah, e assumiu a o PL Jovem o advogado Pedro Henrique Scott de Senna.
– Para fechar: embora não seja proibido trabalhar calado, e até pode ser conveniente na política, começa a ficar ensurdecedor o silêncio dos governistas, em relação ao pleito de outubro.
– Isso não significa, claro, que estejam parados. Parece evidente a aliança repetida com o PP e completada pelo DEM, para ficar nas siglas maiores – junto com o PSDB.
– Mas já há quem se queixe, pois está a se deixar espaço exagerado, alegam, para o protagonismo de outras agremiações de centro-direita, o eleitor preferencial no primeiro turno da eleição.
– Para essas pessoas, que também preferem (veja só) o silêncio, tudo se resolveria facilmente. Bastaria que Jorge Pozzobom assumisse (o que as pedras já sabem) publicamente a recandidatura. Então, tá.
Não me ocupo do assunto Marielle. Muito provavelmente candidatos a vereador no RJ serão assassinados este ano (não importa o partido). Não ganharão 1% da mídia. Alás, o candidato a prefeito do RJ pela Rede Globo é Eduardo Paes.
PL era o antigo PR. Na ultima eleição somando tudo teve dois mil votos para vereador. Ou seja, Coronel Vargas se candidato fosse pela agremiação provavelmente não se reelegeria.
Silencio tucano se justifica. Os nanicos estão alvorotados, mas na hora da onça beber agua falta orçamento. Basta olhar as contas da eleição passada.
Se os dados estão disponíveis não precisa inventar nada, basta comentá-los para não fazer interpretações completamente subjetivas.