Por Maiquel Rosauro, da Assessoria de Imprensa do CPERS-Sindicato
O Instituto Estadual de Educação Padre Caetano, em Santa Maria, registra casos de covid-19 em sua equipe diretiva. Para conter a disseminação da doença, a escola interrompeu o retorno às aulas presenciais iniciado na semana passada.
“A Coordenadoria Regional de Educação informou que são dois membros da Direção da escola com covid-19, mas também recebemos relatos de que funcionários da instituição foram infectados”, afirma o diretor do 2º Núcleo do CPERS/Sindicato, Rafael Torres.
O retorno às aulas foi autorizado no final de abril, após canetada do governador Eduardo Leite (PSDB) que passou todo o Estado da bandeira preta para a vermelha do modelo de Distanciamento Controlado. A medida teve como objetivo driblar a liminar que proibia a retomada das atividades em sala de aula sob bandeira preta. De forma escolada, os estudantes iniciaram o retorno no dia 3 de maio.
De acordo com Torres, os casos na Padre Caetano reforçam o apelo para fechar as escolas enquanto não houver vacina para os educadores e condições seguras de retorno. Ele também não poupa críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido); ao prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB); e a Eduardo Leite.
“Esta situação é culpa da política genocida do Leite somada à incompetência e negacionismo de Bolsonaro, que não fez sua parte na compra de vacinas, incentivo ao distanciamento social e tampouco ao uso de máscaras. Em Santa Maria, Pozzobom parece flertar com a tragédia, elaborando um calendário de retorno às aulas presenciais nas escolas municipais”, afirma Torres.
Conforme as orientações do governo Leite, a carga horária diária para o Ensino Fundamental deverá ser composta por três horas presenciais e uma hora remota. No Ensino Médio, a carga horária diária deverá ser de três horas presenciais e duas horas remotas.
Entre as medidas sanitárias estabelecidas está o uso de máscara facial em sala de aula, higienização dos espaços de circulação de pessoas e uso de álcool em gel. O percentual de ocupação de cada escola será diretamente relacionado à área útil do ambiente escolar, respeitando o distanciamento interpessoal mínimo de 1,5 metro (o que condiz com teto de ocupação de 1 pessoa a cada 2,25 metros quadrados de área útil).
Mesmo com todos os cuidados, Torres afirma que era previsível o registro de casos de contaminação, uma vez que os educadores não foram vacinados em Santa Maria e sequer existe um calendário de vacinação à categoria. No início de abril, Pozzobom sancionou uma lei aprovada na Câmara de Vereadores, de autoria de Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), que estabelece a prioridade de vacinação aos educadores de Santa Maria (das redes privada, estadual e municipal).
“Prevendo essas situações, o Núcleo do CPERS de Santa Maria indicou greve sanitária nas escolas estaduais, mas em Assembleia Geral do Sindicato, semana passada, o restante do Estado não acatou a proposta”, relata.
Para que o vírus não se propague, Torres não tem dúvida, as escolas não podem seguir abertas.
“Pedimos aos pais que não levem seus filhos às escolas, não é seguro”, pontua o diretor geral do 2º Núcleo do CPERS
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