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ESTADO. Sindiágua denuncia cláusula de contratos que tornará água mais cara com Corsan privatizada

Vistos os aditivos assinados por 74 dos 307 municípios atendidas pela empresa

Sindiágua examinou aditivos contratuais assinados por 74 dos 307 municípios atendidos pela empresa (Foto Divulgação/Corsan)

Reproduzido do jornal eletrônico SUL21 / Com informações do Sindiágua/RS

O Sindiágua/RS examinou os aditivos contratuais assinados até 16 de dezembro por 74 dos 307 municípios atendidos pela Corsan e emitiu um alerta à população sobre uma cláusula, evidenciando que os usuários  pagarão muito mais caro pela água com a Corsan privatizada.

A partir de 2028 será estipulada uma nova estrutura tarifária onde será acrescido à tarifa um preço variável a partir das necessidades do município. “Ou seja: todo o investimento será cobrado dos usuários daquele município junto com a conta d’água. O fato de a maioria dos prefeitos não ter passado a apreciação do contrato pela Câmara é porque sabiam que esta cláusula seria descoberta”, detalha o presidente da entidade, Arilson Wünsch.

A entidade alerta para outro item enganoso do contrato que induz o usuário a crer que os valores da conta de água e esgoto ficarão congelados até 2027 e que privatizar seria um bom negócio.

“Vários prefeitos usam como troféu pela assinatura do aditivo o dito “congelamento” de tarifa.  O termo congelamento supõe que até 2027 o usuário pagará o mesmo valor que paga hoje. Isso é um engano: até 2027 a tarifa continuará sendo corrigida anualmente. Porém, o mais grave é que ao chegar 2027 a empresa privada fará a Revisão Extraordinária de todo o período a partir de 2019 e o consumidor terá de pagar esta conta toda de uma só vez, jogada no seu colo pelo atual prefeito que assinou esse contrato”, explica o dirigente. “Então em 2027 terá este “pequeno reajuste” extra e a partir de 2028 já começa a subir a tarifa de acordo com as obras na cidade”, completa.

Interesses eleitorais e saneamento

Arilson Wünsch destaca que o Governo do Estado e a direção da Corsan ofereceram vantagens aos gestores municipais que assinaram os contratos, adiantando obras municipais. “Os prefeitos receberam benesses do governo mais interessados na reeleição do que em qualificar o saneamento nas localidades”, pontuou o dirigente.

A pactuação assinada por cerca de 30% dos prefeitos do total de municípios atendidos pela companhia atrela o serviço de saneamento pelo setor privado visto que a estatal será posta à venda no início do próximo ano, ofertando ao mercado os municípios que assinaram o aditivo.

O Sindiágua está entrando na Justiça com ações populares em todos os 74 municípios para anular os aditivos assinados pelos prefeitos com a Corsan, firmados até 16 de dezembro devido ao descumprimento de leis municipais que exigem controle público quando o tema é saneamento, além da exigência de aprovação por parte das Câmaras de Vereadores, entre outros ritos desrespeitados pelos gestores municipais.

A entidade também se colocou à disposição dos legislativos e lideranças locais para construir alternativas para manter o saneamento público. Em 20 anos, centenas de cidades em 36 países reestatizaram o tratamento de água e esgoto após piora no serviço e preços abusivos.

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