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JAGUARI. Valdeci Oliveira debate enfrentamento à estiagem com lideranças do município

Presidente da Assembleia também visitou Dilermando de Aguiar e Santiago

“O que é certo é que não se pode enfrentar um problema com a estiagem, que é recorrente, somente quando ele acontece”, disse Valdeci. Foto Joaquim Moura / Assembleia

Por Marcelo Antunes / Assembleia Legislativa

Assim como em Dilermando de Aguiar e Santiago, os problemas causados pela estiagem nas lavouras gaúchas e a necessidade de respostas práticas e concretas por parte dos governos federal e estadual dominaram audiência realizada entre o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdeci Oliveira (PT), e o prefeito de Jaguari, Beto Turchielo (MDB), na noite de quinta-feira (3). Na última atividade de uma série que teve início dois dias antes, para dialogar com as localidades e ver de perto o estrago trazido pela falta de chuvas, o chefe do Parlamento estadual também foi recebido pelo secretário municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente, Elvandro Patias, e pelo presidente da Câmara de Vereadores local, Igor Tambara (MDB).

“Está praticamente tudo perdido. A quebra da soja é de 80%”, explicou Turchielo, que vem trabalhando da abertura de poços artesianos, contabilizando seis concluídos e quatro em andamento.

“Mas precisamos de ajuda urgente para o custeio. Se o governo destinasse R$ 5,00 por mês para o equivalente aos 4 mil habitantes que residem na zona rural, teríamos R$ 20 mil para cobrir boa parte dos custos para levar água aos produtores.

Dizem que os recursos virão, mas ninguém sabe como”, ponderou, lembrando que os anúncios feitos pela ministra da Agricultura Tereza Cristina no início de janeiro, quando esteve no estado para tratar da estiagem, não se concretizaram.

“O efeito negativo primeiro está vindo para o produtor, mas em 2023 será para os próprios prefeitos e governo”, avaliou o gestor. Segundo ele, construir açudes neste momento não tem sentido.

“Fazemos e depois vamos colocar o quê dentro?”, questionou.

Para o prefeito, o mais eficiente é se pensar em um programa planejado e com continuidade, que tenha ações imediatas e outras de longo prazo, ido da criação de políticas públicas voltadas à irrigação à agricultura familiar, indo da captação à armazenagem de água.

“Se começa com 1 hectare, vai aumentado gradativamente. Esse tipo de programa tem de ser trabalhado”, opina.

“Os pequenos produtores estão vendo os animais berrando de fome e de sede. O que a gente espera e precisa é de parceria”, defendeu Igor Tambara.

“O que é certo é que não se pode enfrentar um problema com a estiagem, que é recorrente, somente quando ele acontece, se apresenta. É preciso políticas permanentes”, frisou Valdeci, que colocou a presidência do Parlamento à disposição para a elaboração de propostas conjuntas e articulação e movimentos políticos que resultem no atendimento das demandas das regiões assoladas pelo forte calor e inexistência de chuvas.

O presidente da Assembleia também falou sobre os próximos passos que serão dados no Legislativo estadual, entre eles a constituição de uma comissão externa, formada por deputados e deputadas das diversas bancadas para acompanhar os rumos que o tema irá tomar e uma missão oficial para ir a Brasília e buscar interlocução junto a ministérios, Senado e Câmara Federal.

“Também vamos propor ao governador a criação, nos moldes do que foi feito no combate à pandemia, de um comitê de crise para tratar da estiagem.

“Ou nós ajudamos ou vamos continuar a ver a situação piorar a cada dia que passa sem que respostas efetivas sejam apresentadas aos municípios e produtores rurais do estado”, avaliou o presidente da Assembleia.

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