Por Tatiana Py Dutra / Da Padrinho Agência de Conteúdo
A dívida pública da União é de mais de R$ 7,1 trilhões, sendo que deste montante R$ 1,5 trilhão referem-se a títulos em carteira do Banco Central para executar a política monetária – compra e venda de moeda para assegurar a taxa de juros em patamar próximo ao definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Uma conta monstruosa que se alimenta com juros.
Só no ano passado, as despesas cresceram R$ 136 bilhões em relação a 2020, totalizando R$ 448,3 bilhões. O custo dos juros é cerca de 65% maior do que o orçamento do Auxílio Brasil, programa social que substituiu o Bolsa Família. O pagamento dos encargos dessa dívida, no ano passado, alcançou em média mais de 8% daquele estoque, tem impacto brutal no investimento em serviços públicos e mesmo no desenvolvimento tecnológico e industrial.
Mas como essa dívida impagável se formou? Deputado federal Constituinte, Hermes Zaneti apresentou, em 1987, um projeto para que a carta magna previsse uma auditoria nas contas públicas e adoção de uma gestão transparente, para que a sociedade – que paga a conta – pudesse acompanhá-la. A proposta foi rechaçada e os motivos são explicados no livro “O Complô – Como o Sistema Financeiro e seus Agentes Políticos Sequestraram a Economia Brasileira” (Verbena Editora; 280p., 2017).
Na obra, o autor defende que a política econômica do Executivo esconde uma manobra para favorecer as elites financeiras, às custas do sacrifício da população, que convive com a falta de investimentos em saúde, educação, além de carestia e baixos salários.
“O Complô é a ação das instituições de poder federal, de forma coordenada, agindo contra o povo brasileiro que as mantêm, a favor de uma minoria que se beneficia do rentismo”, explica o autor, mencionando medidas que impediram a regulação de juros em 12%, a restrição do crime de usura à pessoas físicas, isentando as instituições financeiras, como exemplo das ações do complô.
Para que o grande público entenda a quem interessa o endividamento, integrantes de movimentos sindicais tomaram a iniciativa de transformar o livro em filme. Dirigido pelo cineasta Luiz Alberto Cassol, o curta-metragem “O Complô” vai abordar a relação entre os Três Poderes, o Ministério Público Federal e o sistema financeiro nacional e seus impactos na vida dos brasileiros.
“A ideia do filme é trazer questionamentos de como chegamos até aqui, com um sistema que explora de todas as formas”, resume Cassol.
O orçamento do filme está estimado em R$ 330 mil, que serão captados por meio de financiamento coletivo. Interessados podem colaborar doando qualquer valor via PIX ([email protected]) ou pela plataforma Valeu.Art! (https://valeu.art/project/o-complo/). Os doadores receberão como recompensa o e-book do livro “O Complô” e terão o nome inserido nos créditos finais do filme, na lista de incentivadores.
‘O COMPLÔ’ – FINANCIAMENTO COLETIVO
Meta: R$ 330 milRecompensa aos doadores:
e-book do livro ‘O Complô’
Inserção do nome nos créditos finais do filme
Apoie:
PIX – [email protected]
Valeu Art – https://valeu.art/project/o-complo/
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