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REGIÃO. Dupla de avaliadores da Unesco começa a avaliar possibilidades do Geoparque Quarta Colônia

Nesta semana ambos conhecerão os atrativos turísticos, culturais e históricos

Belezas naturais, entre as quais a cascata Cara de Índio, serão mostradas aos dois avaliadores da Unesco (Foto Cleusa Jung/Divulgação)

Por Mariana Henriques / Da Agência de Notícias da UFSM

Iniciou na manhã de hoje (24) a missão dos avaliadores do projeto Geoparque Quarta Colônia Aspirante UNESCO. A comissão avaliadora é composta por Hernández Sesé, do Geoparque Maestrazgo/ Dinópolis (Espanha) e Helga Chulepin, representante da Unesco em Montevidéu (Uruguai). Durante toda esta semana os avaliadores irão percorrer os municípios da Quarta Colônia e conhecer os atrativos turísticos, culturais e históricos da região.

Processo de avaliação

O primeiro compromisso da manhã foi uma coletiva de imprensa. Na ocasião, os avaliadores, juntamente com a diretora do Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco, Jaciele Sell, com o prefeito de Faxinal do Soturno e presidente do Consórcio para o Desenvolvimento Sustentável (Condesus) da Quarta Colônia, Clóvis Alberto Montagner, e com reitor da UFSM, Luciano Schuch, deram mais detalhes sobre o trabalho de avaliação.

Jaciele destacou que o caminho para receber a certificação é longo, já que, além da singularidade geológica que a região deve possuir, é necessário cumprir uma série de requisitos para a obtenção do selo, levando em conta elementos naturais, históricos, culturais, identitários, entre outros. Na mesma perspectiva, Clóvis salientou que os municípios da Quarta Colônia têm atuado de forma integrada há muito tempo e tiveram seu trabalho potencializado pela presença da Universidade nos últimos anos, indicando que foi a atuação conjunta que possibilitou com que os critérios de candidatura do Geoparque fossem atendidos. 

A missão dos avaliadores consiste em conhecer, observar e analisar o que tem sido feito no território postulante, compreendendo de que forma a região está cumprindo os requisitos e os resultados obtidos até agora. A partir daí, os avaliadores preparam um relatório com o que foi constatado. O documento deverá ser apreciado no Conselho Mundial de Geoparques da UNESCO, possivelmente em reunião que acontecerá no mês de dezembro. Caso o território seja avaliado positivamente, a certificação é entregue no início do ano de 2023.

Entrevista coletiva em Faxinal do Soturno abriu trabalhos da avaliação do Geoparque Quarta Colônia (Foto Mariana Henriques/UFSM)

Início da missão: trabalho em conjunto que gera resultados

A solenidade oficial da abertura da missão de avaliação aconteceu no auditório da Escola Estadual Bom Conselho, em Silveira Martins. Permeando todas as falas, o que teve destaque foi o trabalho conjunto realizado pela Universidade, municípios e comunidades, em busca da certificação.

Na ocasião, Jaciele apresentou aos presentes um relato das atividades desenvolvidas na Quarta Colônia e abordou a parceria dos municípios com a UFSM. A diretora destacou o contexto do Geoparque, os principais momentos na história do projeto, os investimentos, avanços, conquistas e singularidades da região, como o rico acervo paleontológico. Outro ponto que enfatizou foi a importância do trabalho conjunto entre universidade, poder público e comunidade: “Estamos em uma longa caminhada e contamos com muitas parcerias e muito apoio da comunidade até aqui. São inúmeras pessoas, projetos, ideias e lugares que formam o Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco”.

Essa mesma perspectiva foi compartilhada por Hernández Sesé, que destacou a alegria em participar da avaliação de um Geoparque com as características que já observou na região da Quarta Colônia: união e esforço conjunto. “O melhor que podemos encontrar em um geoparque é uma comunidade como a da Quarta Colônia, uma comunidade que crê, vive e sente o projeto. Isto é fundamental, pois caminhar juntos é o que faz com ele seja uma realidade. Povos unidos fortificam o Geoparque”. O avaliador também pensa para além das singularidades territoriais, que são o requisito mínimo para a candidatura, o grande trunfo de um bom geoparque são as pessoas que o compõem, sua comunidade, cultura, história, maneira de sentir e viver sua terra.

Assim como Hernandez, Helga Chulepin afirmou estar ansiosa para descobrir a região e seus atrativos. Ela salienta que geoparque é uma ferramenta de desenvolvimento sustentável, mas uma ferramenta coletiva que, para funcionar de forma adequada, precisa do apoio de todos, autoridades, gestores, universidades e comunidades locais. “O que vemos aqui são 9 municípios que trabalham juntos. No mundo em que vivemos, isso é cada vez mais difícil, não encontramos pessoas trabalhando em conjunto dessa forma e percebo que aqui isso acontece. E acontece há muito tempo. Esse é um grande diferencial. Vocês trabalham juntos pelo desenvolvimento econômico, social, conservação e preservação de seus patrimônios”, ressaltou Helga.

Por fim, o reitor da UFSM, Luciano Schuch, destacou a importância da atuação da Universidade junto ao território da Quarta Colônia e frisou possuir orgulho do que é produzido na Universidade, um trabalho sério e competente, mesmo em momentos de crises orçamentárias e ataques ao que é feito pelas Instituições. “Esse trabalho é muito importante, é a atuação da universidade no desenvolvimento local e regional e isso deve ser defendido”. O reitor também enfatizou a atuação do Condesus e indicou que a Universidade vem para somar e fortalecer as potências, territórios e comunidades. “Crescemos com a diversidade, as diferenças e o respeito. Só assim crescemos em conjunto. Esse é um grande projeto de desenvolvimento da nossa Universidade e receber esse selo vai qualificar o que temos de melhor na região: história, cultura, gastronomia e um povo acolhedor”, finalizou o reitor. 

Também estiveram presentes na solenidade os prefeitos dos os 9 municípios que compõem a Quarta Colônia, deputados, equipe atuante no projeto Geoparque Quarta Colônia, docentes, técnico-administrativos em educação, estudantes e imprensa. 

Agenda de avaliação

No dia de hoje, o grupo esteve em Ivorá, conhecendo a Cascata Cara de Índio; em Dona Francisca, em uma comunidade Quilombola; em Faxinal do Soturno, no morro São Pio, no Mirante Cerro Comprido, no Museu Geringonça e na Igreja São Marcos.

Amanhã, terça, a equipe deve seguir nos municípios de Faxinal do Soturno, São João do Polêsine, Restinga Seca e Agudo.

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