Smart City Congress: a oportunidade dos avanços tecnológicos está no intercâmbio – por Paulinho Salerno
Os diversos setores impactados através do desenvolvimento tecnológico
A inovação sempre foi uma das principais pautas da Famurs. A Câmara Temática de Inovação é o grande exemplo disso. Tratar das questões que envolvem como nossos municípios se preparam para o futuro digital é um grande desafio, mas com toda certeza um dos debates mais enriquecedores no tocante ao conhecimento, advindo da troca de experiências.
Em nosso último texto, tratamos a respeito de como as cidades e o poder público têm tratado do desenvolvimento tecnológico, alinhado às questões da sustentabilidade. Falamos de cidades inteligentes cada vez mais próximas, e das parcerias público-privadas em benefício do desenvolvimento das nossas cidades gaúchas. Desta vez, partimos da abstração do pensamento e vamos às discussões e ao trabalho e chegamos à materialização deste, através de discussões pertinentes, que irão enriquecer o conhecimento dos gestores acerca desta.
Há duas semanas, em comitiva, a Famurs, acompanhada de Prefeitos e representantes do poder público gaúcho, está visitando Barcelona, na Espanha, durante a realização do Smart City Expo World Congress 2022. O congresso objetivou a troca de experiências para a construção de um futuro mais sustentável e habitável. A partir disso, os municípios gaúchos podem se beneficiar. Buscamos, a partir do diálogo com expoentes de diversas culturas, além da troca de experiências, gerar oportunidades de investimentos e parcerias para incluir o Estado no mapa do desenvolvimento tecnológico.
Diversos setores são diretamente impactados através destes, a começar pela mobilidade, passando por energia e meio ambiente, segurança e infraestrutura. E estas questões foram pautadas durante os debates do congresso. A cidade catalã, inclusive, é um dos grandes referenciais atuais no tocante a estas questões, conduzindo, com louvor, seu planejamento para o futuro, sendo berço de diversas startups.
Pudemos aqui, durante as discussões, aprofundar o conhecimento e estabelecer acordos técnicos na área científica, aproveitando também as visitas a empresas, que carregam em seu DNA o futuro sustentável das cidades. Acreditamos que os cases vistos durante a expedição têm muito a contribuir, a partir das adaptações que podemos realizar para que estejam adequados à realidade gaúcha. Nosso Estado possui diversas qualidades que são nosso cartão-postal, assim podemos, também, estabelecer parcerias com empresas europeias que enxerguem o potencial gaúcho a partir desta visão.
É no intercâmbio das experiências que encontraremos soluções inteligentes para as demandas que nossas cidades possuem. Nada melhor do que dividir esta experiência com cerca de 700 cidades e 24 mil profissionais. Apesar desta construção ser feita projetando o amanhã, é no hoje que depositamos nossa confiança e nossos esforços, pois as possibilidades irão refletir também na geração de empregos, beneficiando o povo gaúcho tanto agora como no futuro que queremos construir para o Estado do Rio Grande do Sul.
(*) Paulinho Salerno é prefeito municipal de Restinga Sêca e presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). Ele escreve no site às quintas-feiras.
Se sair o Argenta, aquele que vale plata, de Restinga se vai o Smart da City.