COM ATUALIZAÇÃO ÀS 19H30
Por Pedro Pereira
Nesta quinta-feira (29), morreu Pelé, maior jogador de futebol de todos os tempos, aos 82 anos. Edson Arantes do Nascimento, natural de Três Corações, Minas Gerais, nascido em 23 de outubro de 1940, não resistiu a complicações de um câncer de cólon descoberto em 2021 e faleceu em decorrência da falência múltipla de órgãos. O tricampeão pela Seleção Brasileira estava internado desde o dia 29 de novembro.
No último boletim divulgado, em 21 de dezembro, os médicos afirmaram que a doença havia progredido e que o rim e o coração do Rei exigiam maiores cuidados. O óbito de Pelé foi confirmado nesta tarde, às 15h56min.
Pelé, considerado o maior jogador de atleta de todos os tempos, terá seu corpo velado na Vila Belmiro, estádio do Santos Esporte Clube – time do qual o ex-jogador representou por 18 anos e venceu duas competições mundiais. O Rei será enterrado no Memorial Necrópole Ecumênica, na cidade de Santos.
O sonho de um craque
No dia 17 de dezembro deste ano, Pelé publicou em suas redes sociais uma carta aberta falando sobre sonhos, superação, amor pelo futebol e a eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2022. Confira abaixo, na íntegra.
“A vida é oportunidade. O que fazemos com ela cabe a cada um de nós. Acertamos e erramos. Na vitória, recebemos a celebração. Na derrota, o aprendizado. A vida sempre é generosa e oferece novos recomeços. A cada dia que passa, iniciamos um novo caminho. E neste ciclo, alimentamos sonhos que nunca morrem, independente dos tropeços da jornada.
Isso serve para todo mundo, mas quando o seu sonho é ser jogador de futebol, as oportunidades são muito mais raras e os sonhos muito mais longínquos. Já os tropeços não são mais doloridos que o da vida de ninguém. Porém, são julgados por muito mais pessoas, não acha? E, para ser justo, as vitórias são muito mais celebradas também.
Apesar da dor que estamos sentindo com a nossa eliminação na Copa do Mundo, eu peço aos brasileiros que se lembrem do que nos trouxe até as cinco primeiras estrelas que temos no peito. É o amor que nos move.
Eu não sei o que nos faz sermos tão loucos por futebol. Se é o amor pela união de amizades verdadeiras em torno do esporte, pelo grito do gol ou por esquecer de todos os problemas que enfrentamos, mesmo que seja por apenas 90 minutos. Talvez o amor pelo combate à pobreza, à fome e às drogas, que o futebol assume em tantas comunidades que formam um país tão imenso. São muitas as virtudes do esporte mais bonito. Ainda mais aqui no Brasil.
Não importa o motivo. O que importa é que essa torcida nos uniu, em um momento que precisávamos tanto de união. E meu sonho é que este sentimento entre nós e pelo nosso país não seja apenas passageiro. Este objetivo pode parecer impossível. Porém, quando eu era garoto, eu tive outro sonho que também parecia: vencer a Copa do Mundo para o meu pai.
Falando em sonhos, não pensem que os sonhos dos nossos atletas acabaram. Eu sei que eles ainda sonham com a sexta estrela, assim como eu sonhava quando era um menino. A nossa conquista foi apenas adiada. Aos meus amigos atletas e comissão técnica da Seleção, eu deixo a minha admiração, solidariedade e amor. A todos os brasileiros, eu desejo que a união e o amor que nos une no esporte transcenda para a vida inteira. O sonho é de todos nós. Amor, amor e amor.”
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