Uma breve abordagem sobre a desigualdade social – por Michael Almeida Di Giacomo
Impacto nas nações pobres, do crescimento econômico e dos custos ecológicos
Na reunião da Cúpula sobre Novo Pacto de Financiamento Global, ocorrida em Paris, o combate à desigualdade social, defendida pelo presidente do Brasil, foi abordado como um tema a ser tratado com tanta prioridade quanto o próprio debate sobre a questão climática.
Por certo, não são matérias dispares, pois como afirma Thomas Piketty, “são os mais pobres que, de modo cada vez mais violento, sofrem as devastações climáticas e ambientais provocadas pelo estilo de vida dos mais ricos”.
A referida “violência” é fácil de ser aferida a partir da crescente desigualdade socioeconômica, a falta de políticas públicas de inclusão social e a má distribuição de renda, fato cada vez mais gritante entre as populações vulneráveis.
Um outro fator de mesma importância, a corroborar com a tese de que os temas não podem ser tratados de forma diversa, é constatação histórica de que os países mais ricos, com 18 % da população mundial, são os maiores responsáveis pela emissão dos gases causadores do efeito estufa.
Neste contexto, faz-se necessário compreender que a implantação de políticas públicas de inclusão social, distribuição de renda e reparação climática, não devem ser tidas como uma ação excludente do modo capitalista.
Isso, pois os avanços ocorridos nas últimas décadas – se relacionarmos o encontro da igualdade com o modo capitalista do início do século passado – se dá justamente por meio de uma “economia do tipo social-democrata, uma economia mista, em que parte da riqueza está socializada” – é o que se extrai dos estudos de Piketty.
É também um pouco do que defende Mia Mottley, primeira-Ministra de Barbados, ex-colônia Britânica, no caso, uma responsabilização dos países mais industrializados e desenvolvidos a financiar ações de combate às mudanças climáticas, em especial, nos países mais pobres.
As abordagens sobre a desigualdade e sua relação com a questão climática tem muitas nuances a serem consideradas. É um debate que parte da atenção ao crescimento econômico global, os custos ecológicos, e os impactos no dia a dia das pessoas e das nações mais pobres.
(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às quartas-feiras.
Observação do Editor: a foto que ilustra este artigo é de Joel Vargas/Divulgação.
Qual o objetivo? ‘Devido a desigualdade e ao aquecimento global população terá que pagar mais tributos e pagar a conta do incompetente dirigismo estatal’. Tudo muito sovietico. Mais do mesmo. Obvio ainda que uns são mais iguais que outros. ‘“Almocei com o Macron e almocei com o presidente Mattarella, duas comidas de palácio que sabe… não são essas coisas.’ Comida dos hoteis 5 estrelas devia ser melhor, não reclamou. Alas, dizem que Maduro é o único gordo da Venezuela. Por que será?
Paises mais ricos gastam mais energia. Matriz energetica baseada em carbono, não vai mudar tão cedo. Simples assim. Sob pena de convulsões sociais.
Planeta não é uma ‘democracia’. População de Barbados é menor que a da aldeia.
Cupula foi uma piada. Macron querendo ser ‘lider global’. Fala do Rato Rouco, exceção da publicidade interna tupiniquim, foi ignorada la fora. Thomas Piketty está esquecido. Errou nas contas no primeiro livro e saiu com bola e tudo pela linha de escanteio no segundo, ‘Capital e ideologia’. Quem da esquerda é mais ouvido na CE? Yanis Varoufakis.