Por Gabriela de Almeida / Da Agência de Notícias da UFSM
No início do mês, a UFSM assinou contrato de licenciamento com a empresa incubada na Pulsar UFSM, BioDos – Soluções em Dosimetria, fundada pelo doutorando Álvaro Augusto Mainardi, pelo professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular André Passaglia Schuch e pelo pós-doutorando Maurício Beux dos Santos. A tecnologia licenciada se chama “Equipamento e Sistema de Monitoramento e Coleta de Dados de Radiação Solar e Temperatura, e Processo de Coleta e Armazenamento de Dados de Radiação Solar e Temperatura”, desenvolvida pelos mesmos fundadores da BioDos.
A Pró-Reitoria de Inovação e Empreendedorismo (Proinova), por meio do Núcleo de Propriedade Intelectual, realizou a proteção da tecnologia como patente de invenção junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI. Após o depósito do pedido de patente, a empresa BioDos manifestou interesse em explorar comercialmente a tecnologia e, através do Núcleo de Prospecção e Valoração, foi realizado o licenciamento.
O licenciamento consiste em um acordo legal onde uma parte concede o uso de suas tecnologias mediante o pagamento de royalties. O contrato estabelece condições para a exploração comercial, seguindo princípios de equilíbrio contratual e boa-fé. A universidade (licenciante) recebe retorno para investir em pesquisas e a possibilidade de gerar novos produtos passíveis de transferência para a sociedade. Já a empresa (licenciado) recebe acesso direto à inovação tecnológica, a qual não teria disponibilidade de desenvolver, além de desenvolver a capacidade competitiva da empresa, aliado à possibilidade de agregar a inovação a um produto já comercializado.
De acordo com o pós-doutorando Maurício Beux dos Santos, após a criação da empresa, começou-se a trabalhar no desenvolvimento da tecnologia, fazendo toda a parte da startup, verificando o mercado e fazendo as validações. Com isso, na metade de 2023, já havia um protótipo pronto para ser inserido no mercado, e então, com ajuda da Proinova, foi realizado o licenciamento da tecnologia.
“Atualmente somos os inventores e empresa licenciada do único radiômetro produzido em território nacional que consegue medir as três faixas de radiação ultravioleta (UVA, UVB e UVC) ao mesmo tempo”, afirma Santos. Dentre suas funcionalidades, o equipamento pode ser utilizado para pesquisas e experimentos em laboratório, esterilização do ambiente, produção do campo e verificação da eficácia de bioinsumos em ambientes agrícolas e medição do fator de proteção dos cosméticos.
“Com base nesse licenciamento, estamos terminando o desenvolvimento de uma estação de radiação ultravioleta. Ela vai coletar os dados ambientais de radiação e vamos poder mostrar para a população o quanto de radiação ultravioleta eles estão recebendo”, acrescenta o pós-doutorando.
Segundo ele, um grande problema de hoje em dia é que o índice de radiação ultravioleta é muito impreciso, por ser medido por satélite. Com o licenciamento, será possível desenvolver esse produto para levar à população uma medida real de proteção.
Santos conclui que o fato de o radiômetro desenvolvido dentro da UFSM, com alunos e professores, estar indo para o mercado demonstra uma aproximação entre Universidade e indústria, uma das grandes dificuldades existentes hoje em dia…”
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Resumo: a UFSM assinou contrato de licenciamento com uma empresa incubada na UFSM. Pontos chave ‘[…] após a criação da empresa, começou-se a trabalhar no desenvolvimento da tecnologia, […]’ e ‘[…] somos os inventores e empresa licenciada do único radiômetro produzido em território nacional que consegue medir as três faixas […]’. Ou seja, existem empresas fora do territorio nacional que fazem o mesmo. Não é ruim, mas não tão bom quanto estão marketando. Como se tivessem desenvolvico um smartphone na UFSM. Retorno economico a determinar.